Seis tripulantes de um helicoptero militar francês estão retidos na Guiné Equatorial. O país, que viu recentemente o seu vice-presidente, Teodorin Obiang, condenado definitivamente a três anos de prisão com pena suspensa em França devido a corrupção e branqueamento de capitais, diz que aeronave francesa não tinha permissão para sobrevoar o seu território.
Era suposto ser uma paragem rotineira de reabastecimento de combustível entre Doula, capital dos Camarões, e Libreville, capital do Gabão, mas os seis tripulantes de um helicoptero militar francês continuam retidos na Guiné Equatorial, depois de as autoridades deste país africano considerarem que a aeronave não tinha permissão para sobrevoar o seu território.
A França e a Guiné Equatorial estão agora em negociações para que o helicoptero possa repartir.
"Estamos numa fase de negociações. Fomos confrontados com um incidente que já acontecue no passado. Eles retiveram o helicoptero e a nossa equipa", disse o coronel Pascal Ianni, porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas francesas, à Agência AFP.
O helicoptero bloqueado é do modelo Fennec e não está armado.
Segundo a rádio do Estado, TVGE, não teria sido dada qualquer permissão para a aterragem dos militares franceses e supõe-se até uma operação de espionagem e provocação de Paris. As forças Armadas gaulesas já vieram desmentir esta possibilidade
Este incidente acontece poucos dias depois de Teodorin Obiang, filho do presidente e ele próprio vice-presidente da Guiné Equatorial, ter sido definitivamente condenado em França por corrupção e branqueamento de capitais, tendo sido sentenciado a uma pena suspensa de 3 anos, pagamento de uma multa de 30 milhões de euros e ainda arresto de bens no valor de mais de 100 milhões de euros.(x) Fonte: RFI