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terça-feira, 03 agosto 2021 10:45

Autoridades alertam para impactos de derrame de combustível na baía de Pemba

Uma comissão multissetorial está desde domingo (01.08) na cidade de Pemba, capital da província moçambicana de Cabo Delgado, para investigar a origem do derrame de cerca de 10 mil litros de combustível no fim de semana.

Ainda não é conhecido o tipo de combustível envolvido no incidente na baía de Pemba. Estimativas preliminares apontam que cerca de 10 mil litros de combustível espalharam-se pelo mar no sábado (31.07), nas proximidades do porto de Pemba.

A equipa central que trabalha no apuramento das causas promete explicar as razões do derrame esta terça-feira (03.08). "Pelo ambiente que se vive na zona e o tipo de máquinas que são abastecidas, a primeira impressão é que se trata de gasóleo, vulgo ‘diesel'. Porque essas máquinas, algumas delas não funcionam com gasolina. Grande parte delas usa combustíveis pesados e então só pode ser gasóleo", explica Moisés Paulino, diretor nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis; que integra a lista dos técnicos que investigam o incidente.

A baía onde se deu o incidente está nas proximidades dos armazéns de combustíveis da empresa Petróleos de Moçambique (Petromoc). No fim de semana, a empresa recebeu um navio transportando combustível para abastecer os reservatórios da empresa.

O diretor de operações da firma, Vicente Fringe, disse este domingo (01.08) que ainda não foi detectada qualquer ligação com o derrame registado. "O navio chegou e atracou após a ocorrência deste incidente. Portanto, está sendo feita neste momento a bombagem do produto do navio para as nossas instalações. Foi feito um trabalho de inspeção da linha mais que uma vez", disse.

Ainda de acordo com o responsável da Petromoc, "não está fechado o trabalho, a comissão que foi criada nem sequer terminou o seu trabalho e estes são os dados preliminares que existem."

Danos ambientais

Após o derrame do combustível, dezenas de populares retiraram restos do líquido inflamável já misturado com água salgada da baía de Pemba.

A Agência Nacional para o Controlo da Qualidade Ambiental (AQUA) alerta para danos ambientais e defende a responsabilização dos possíveis culpados pelo derrame do produto no mar. Mário Parina, representante da AQUA, também alerta para danos que podem ter sido causados pela população que retirou o líquido do mar.(x) Fonte: DW

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