Dawa Khan Menapal, chefe da comunicação do governo afegão, foi assassinado hoje durante a oração de sexta-feira em Cabul, anunciou o Ministério do Interior. Este assassinato aconteceu dias depois de os talibãs prometerem atacar responsáveis governamentais
Uma afronta aos Direitos Humanos e à liberdade de expressão dos afegãos”, foi deste modo que Ross Wilson, encarregado de negócios americano em Cabul reagiu à morte do director do Centro Governamental da Comunicação Social e da Informação.
Este que é o mais recente assassinato visando deliberadamente funcionários do governo, segue-se à já longa lista de assassinatos cometidos pelos insurrectos contra militantes da sociedade civil, jornalistas, funcionários, magistrados e personalidades públicas no Afeganistão.
Este assassínio aconteceu igualmente numa altura em que os talibãs intensificaram esta sexta-feira a sua ofensiva em vários pontos do país, os insurrectos tendo tomado o controlo hoje de Zaranj, capital provincial de Nimroz, no sudoeste do país, primeira cidade desta importância a cair as mãos dos talibãs.
Paralelamente, os rebeldes continuam o cerco vigente há uma semana em torno de Lashkar Gah, capital do Helmand, no sul do país. Também na linha de mira dos talibãs está a capital da província de Herat, no oeste, assim como a capital do Djozdjan, no norte do país, onde os insurrectos abateram pelo menos 10 elementos das forças governamentais, segundo fontes oficiais.
Perante o avanço dos insurrectos, no momento em que os Estados Unidos estão prestes a concluir a sua retirada até ao final deste mês, o Conselho de Segurança da ONU fixou uma reunião para esta sexta-feira, a pedido do executivo de Cabul, da Noruega e da Estónia.
Desde a última reunião dos membros do Conselho de Segurança sobre esta questão, no passado mês de Junho, a segurança tem vindo a deteriorar-se rapidamente no Afeganistão.
Também preocupados com esta situação, os chefes de Estado de cinco antigas repúblicas soviéticas da Ásia Central (Turcomenistão, Cazaquistão, Uzbequistão, Tajiquistão e Quirguistão), estão reunidos hoje em cimeira no Turcomenistão, para analisar o que consideram como uma ameaça para a segurança regional.(x) Fonte: RFI