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quarta-feira, 11 agosto 2021 09:54

Cabo Delgado: SADC compromete-se a neutralizar a “crueldade do terrorismo"

"O nosso mandato é a reposição da ordem e segurança, para que as populações possam viver em paz", destacou o major-general da Força em Estado de Alerta da SADC, Xolani Mankayi.

O comandante da missão militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) prometeu nesta segunda-feira (09.08) auxiliar na "neutralização da crueldade do terrorismo" para a restauração da paz em Cabo Delgado, norte de Moçambique.

Xolani Mankayi fez a afirmação durante o lançamento oficial da Força em Estado de Alerta da SADC, na cidade de Pemba, capital da província de Cabo Delgado.

"O nosso mandato é a reposição da ordem e segurança, para que as populações possam viver em paz", destacou.

A criação de condições para a assistência humanitária às vítimas da violência armada em Cabo Delgado é também uma das funções dos militares da África Austral, acrescentou Xolani Mankayi.

Combate em conjunto

O comandante assegurou que a missão militar da SADC vai atuar em estreita colaboração com as Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas e com o contingente militar do Ruanda. Este segundo tem sido essencial nos ganhos registados contra os grupos armados nas últimas semanas.

 O gabinete da Presidência da República de Moçambique avançou no domingo (08.08), em comunicado, que o contingente militar da SADC integra as forças de defesa e segurança da África do Sul, Botsuana, Angola, Lesotho e Tanzânia, nas especialidades de forças terrestres, navais, aéreas, informações, logística, entre outras.

Logística da missão

O comandante da Força em Estado de Alerta da SADC assinalou que a missão tem uma duração de três meses prorrogáveis em função da "evolução da situação operacional". 

Não foi divulgado o número de militares que a organização enviou a Moçambique, mas peritos da SADC, que estiveram em Cabo Delgado, estimam que a missão deverá ser composta por cerca de três mil soldados.

Também não foi informado qual o plano a longo prazo, para quando as tropas da SADC se retirarem.

Desde o início de julho, as FDS contam com o apoio de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os grupos armados, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali. O Ministério da Defesa de Moçambique confirmou no domingo (08.08) a reconquista da vila de Mocímboa da Praia pelas forças conjuntas moçambicanas e ruandesas, avançando que os combates continuam para a "consolidação das zonas que prevalecem críticas".

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