O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, terminou nesta terça-feira, 17, a sua presidência rotativa da Comunidade para o Desenvolvimento da Países da África Austral ((SADC), passando o testemunho para o seu homólogo do Malawi, Lazarus Chakwera.
Analistas moçambicanos consideram que a presidência de Nyusi foi marcada por um contexto de adversidades, resultantes da pandemia da COVID-19, mas foi na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado onde se viu mais musculatura.
Rufino Sitoi, docente de relações internacionais e diplomacia na Universidade Joaquim Chissano, diz que “foi um exercício positivo em que Nyusi” e destaca o facto do estadista moçambicano ter “conseguido capitalizar a sua presidência para trazer coesão e união da região em prol do combate ao terrorismo”.
Por sua vez, Albino Forquilha, especialista e assuntos militares e análise de conflitos, olha para o mandato de Nyusi como tendo sido de desafios, mas salienta que, apesar se ter conseguido viabilizar a Força em Estado de Alerta, cuja missão é combater o terrorismo, no caso particular, em Cabo Delgado, houve pouca marca pessoal.
“Eu acho que a presidência num órgão deste (SADC) não deve se basear apenas no que foi estabelecido. O presidente tem que aparecer com um plano, mais ou menos estratégico que corresponda ao mandato dele, que possa servir como referência para quem estiver a seguir e não tenho visto essa coragem nestes mandatos” salientou Forquilha.
Lazarus Chakwera assume a presidência rotativa do bloco regional, com os mesmos desafios do seu antecessor e por isso, espera-se uma presidência de continuidade, diz Gabriel Ngomane, analista político.(x) Fonte: VOA