Falando à Zumbo FM Notícias, o representante da fábrica de processamento de castanha de cajú Korosho Moçambique, localizada no distrito de Chiúre, Martinho Mava, referiu que a sua empresa encontra-se com falta de matéria-prima para o abastecimento da indústria devido o registo de ataques terroristas verificados no norte da província de Cabo Delgado.
"A empresa está estável nesse momento, embora com pequenos problemas de escassez de matéria-prima devido ao problema de insurgência registada no norte da província, porque nós compramos muito a matéria-prima vinda do distrito de Nangade, e nesses dois últimos anos Nangade esteve nas mãos dos insurgentes, então não tivemos a possibilidade de comprar a castanha" - disse Martinho Mava.
Mava, fez saber onde a fábrica consegue adquirir a matéria-prima actualmente, como forma a acabar com o problema registado no distrito de Nangade.
"A castanha que estamos agora a processar é dos distritos de Namuno, Montepuez, Ancuabe, província de Nampula, embora em quantidades um pouco reduzidas" - acrescentou o representante da fábrica Korosho Moçambique.
Segundo Martinho Mava, a fábrica de processamento de castanha de cajú Korosho Moçambique, que atualmente compra 7.500 toneladas de matéria-prima, como forma a resolver a problemática de abastecimento e ou exportação da castanha, tem como destinos de expotação e venda do seu produto os Estados Unidos da América, Canadá, Portugal e União Europeia.
De referir que com 800 funcionários, a Korosho Moçambique, admitiu no seu quadro de pessoal 400 trabalhadores que exercem diversas funções, uma vez que a fábrica ganhou recentemente máquinas automáticas, que visam a flexibilização da atividade de rápido processamento, processando diariamente de 14 a 18 toneladas de castanha, o que era impossível na altura em que a fábrica tinha 200 trabalhadores e o processo era manual.(x)