A expectativa é que o líder supremo dos Talibã assuma a chefia do Governo e nomeie um Presidente.
As imagens que chegam através das agências internacionais de comunicação mostram a cidade a retornar aos poucos à nova normalidade. Após a tomada de poder Talibã e a evacuação de refugiados, Afeganistão espera agora um novo Governo. Deverá ser divulgado depois das orações nesta sexta-feira, no período da manhã.
A expectativa é que o líder supremo dos Talibã, Hibatullah Akhundzada assuma a chefia do Governo e nomeie um Presidente.
Há ainda um núcleo de resistência aos Talibã na Vale de Panshir. Existe uma inflação galopante, lojas fechadas, filas nos bancos, a moeda local a desvalorizar e mais de 30 milhões de habitantes espalhados por 34 províncias a tentar perceber o que vai acontecer no Afeganistão.
A seca severa, a saída de profissionais especializados, as relações económicas com outros países congeladas e a memória de tudo o que foi imposto à sociedade afegã durante o último período dos Talibã à frente do país, são ingredientes para um enorme ponto de interrogação.
O grupo tem vindo a público tentar mostrar uma forma mais moderada de estar. Na quarta-feira, uma mulher apresentou um segmento televisivo afegão, num canal privado, após dias sem emissão.
Porém, uma conhecida jornalista e apresentadora de televisão no Afeganistão saiu do país depois de ter sido a primeira mulher jornalista a entrevistar, em direto, um dos elementos dos Talibã.
Beheshta Arghand diz que os Talibã ordenaram o canal privado a obrigar todas as mulheres a usarem a Hijab, bem como a retirar as mulheres jornalistas do ar. Hoje está no Qatar, conseguiu escapar num dos voos.
Mesmo correndo riscos, cerca de 50 mulheres saem às ruas de Herat, a terceira maior cidade afegã para pedirem educação, trabalho e segurança.(x) Fonte:SIC