O Presidente da República condenou esta segunda-feira o golpe de Estado na Guiné Conacri. Jorge Carlos Fonseca apela à normalidade constitucional.
Numa primeira reacção à situação que se vive na Guiné Conacri, Jorge Carlos Fonseca afirmou que “independentemente da posição consensual da CEDEAO, como princípio condenamos qualquer tipo de intervenção militar, e intervenção em jeito de golpe de estado porque vai ao arrepio das normas vigentes no país”.
"Esta não é uma forma legítima de acesso e exercício do poder”, razão pela qual merece a “nossa condenação”, afirmou Jorge Carlos Fonseca sublinhando que tudo deve ser feito para que o Presidente da Guiné Conacri e outros responsáveis políticos tenham “tratamento digno e humano” e que “sejam libertados e não submetidos a tratamento inadequados”, e que tudo deve ser feito para que “seja reposta a normalidade constitucional”.
O Chefe de Estado cabo-verdiano disse estar a acompanhar a situação e anunciou que está prevista uma reunião do Conselho de Ministros da CEDEAO esta semana, na quinta-feira, 9 de Setembro, para analisar a reforma institucional da CEDEAO e a situação na Guiné Conacri.
Cabo Verde vai estar representado na reunião pelo ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Rui Figueiredo Soares, para analisar a situação na Guiné Conacri.
Segundo Jorge Carlos Fonseca, independentemente do juízo de avaliação que se possa fazer sobre o funcionamento do sistema do governo e do regime, o golpe de estado “não é o meio adequado nem legítimo” para produzir alterações no sistema do governo e do poder político, porque, adiantou, “há formas previstas na constituição e nas leis para fazer isso”.
O golpe de Estado na Guiné Conacri foi condenado pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que exigiu a “imediata” e “incondicional” libertação do Presidente da Guiné Conacri, Alpha Condé.(x) Fonte:RFI