Estão em fase bastante avançada, e à escala nacional, os preparativos para a introdução, ainda este ano, no nosso país, da vacina HPV, que previne o cancro do colo do útero.

Entre as acções que o Ministério da Saúde (MISAU) está a levar a cabo, consta a componente de comunicação (mobilização), com vista não apenas a dar a conhecer ao público no geral sobre a necessidade e importância da vacina.

É nesse âmbito que o MISAU realizou na última Sexta-feira, 03 de Setembro, em Maputo, uma capacitação no formato virtual e presencial, sobre a matéria, destinada a lideres de confissões religiosas de todo o país.

O encontro foi orientado pela Directora Nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene que se fazia acompanhar pela Chefe do Programa Alargado de Vacinação, Isabel Menetiane, que entre outros aspectos fez uma abordagem em torno da “ Infecção pelo cancro do colo do útero”.

O objectivo da capacitação era dotar as lideranças religiosas de conhecimentos sobre a doença e processo de vacinação a arrancar ainda em 2021, por forma a que estas (lideranças religiosas), possam difundir os mesmos, nas respectivas congregações.

O cancro do colo do útero é uma lesão invasiva intra-uterina ocasionada principalmente por um agente de transmissão sexual (vírus do HPV-Papiloma vírus humano).

É o quarto tumor que mais afecta as mulheres em África, o mais comum em mulheres com idades entre 25 e 34 anos, sendo uma das primeiras dez causas de morte de mulheres em Moçambique, sendo mais incidente e mais mortal nas mulheres em idade reprodutiva.

Em 2020, o cancro do colo do útero foi responsável por 5.325 novos casos (correspondendo a cerca de 21% do total dos cancros na mulher moçambicana).

Segundo dados do sector, as mulheres HIV positivas têm 5 a 6 vezes mais hipóteses de desenvolverem este cancro, e pouco mais de 8.000.000 (Oito milhões) de mulheres com mais de 15 anos estão em risco de desenvolver o cancro do colo do útero.

Lembre-se que as confissões religiosas já vêm colaborando com o MISAU entre outras, em campanhas de prevenção malária e mais recentemente, na companhia de prevenção e combate à Covid-19.(x) Fonte: MISAU