África perde 88 biliões de dólares por ano em fluxos financeiros ilícitos que poderiam ser aplicados para o desenvolvimento do continente. Quem o diz é a directora regional da Organização Mundial de Saúde para Africa, que aponta a corrupção e má administração como as principais causas do problema.
No domingo, a directora Regional da Organização Mundial de Saúde para África, Matshidiso Moeti, foi oradora principal da vigésima primeira Conferência Anual do Memorial Steve Biko, activista contra apartheid na África do Sul, assassinado há 44 anos.
Durante a palestra, a dirigente disse que o continente africano perde 88 biliões de dólares por ano em fluxos financeiros ilícitos, dinheiro que poderia ser aplicado para o desenvolvimento da economia nos países do continente.
Para reverter a situação, Matshidiso Moeti disse que é preciso vontade política nas lideranças dos países do continente, com vista ao combate a corrupção e a má administração.
A dirigente acredita que só assim os países africanos seriam capazes de manter com sucesso as suas nações e ganhar poder negocial no âmbito da geopolítica global.
Ainda durante palestra por si dirigida, a directora Regional da Organização Mundial de Saúde para África, apontou a África do Sul, como um dos exemplos a seguir, uma vez que foi capaz de abrir o primeiro centro de testes de vacinas contra a COVID-19 no continente.
A dirigente diz que o exemplo da Africa do Sul mostra que África pode eventualmente contar consigo mesmo, sem depender das grandes empresas farmacêuticas.(x) Fonte: O País