Vinte supostos terroristas foram capturados na vila da Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado. Os indivíduos em causa encontravam-se numa zona proibida e negam ligação com o terrorismo.
Entre Palma e Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado, está proibida a navegação marítima como forma controlar e impedir o avanço do terrorismo.
Sucede, porém, que durante a patrulha, a Marinha de Guerra neutralizou embarcações que tinham a bordo supostos terroristas.
“Nessa zona, de Matemo à Palma, é proibida a navegação e a pesca. Aqui temos 20 suspeitos que encontramos durante as nossas patrulhas marítimas e os mesmos se faziam em duas embarcações”, revelou Óscar Agostinho Lucas, capitão de Mar e Guerra das FADM.
Os detidos negam pertencer ao grupo terrorista. “Eu vou à Palma e não sabia que é proibido andar de barco nessa zona e nunca ouvi falar de Al-Shabaab”, desmentiu um dos supostos terroristas neutralizado pelas autoridade.
Não obstante este episódio, a Marinha de Guerra considera que as detenções a supostos terroristas tendem a reduzir.
“Agora, os números estão a reduzir porque eles preferem usar a via marítima porque bloqueados todas as vias terrestres. Então, nós estamos a fazer um trabalho de impedir a movimentação de embarcações nessa zona”, referiu Óscar Agostinho Lucas.
E a Vila da Mocímboa da Praia tende a ficar sob controlo da força conjunta de Moçambique e do Ruanda.
“Diferentemente do que nós passámos no dia 27, penso que está normal porque nós estamos a controlar e é diferente naquele tempo que não éramos nós a controlar. Eram duas forças, a inimiga e nós, mas agora quem tem o domínio disto, somos nós”, assegurou Hermenegildo Macamo, comandante distrital da PRM na Mocímboa da Praia.
Depois de controlar a vila, as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e Ruanda continuam empenhados nas limpezas e verificação do terreno.
“Nesse momento, estamos na fase de revista casa a casa e em coordenação com a força ruandesa. Ainda não revistamos todas as coisas. A vila é extensa, mas estamos a trabalhar tanto é que, por dia, conseguimos revistar entre 50 a 60 residências. Até aqui, já recuperámos duas armas e algumas munições. Ainda tem que se trabalhar muito e é prematuro. Não posso precisar o dia em que as populações podem regressar”, explicou Hermenegildo Macamo.(x) Fonte: O País