A Associação dos Refugiados Ruandeses de Moçambique denuncia a existência de um esquadrão de morte ao serviço do regime do presidente ruandês, Paul Kagame. Uma reacção que surge após o assassinato de um terceiro cidadão ruandês em 3 meses no país.
Karemandingo Revocat, comerciante de 49 anos, que foi assassinado com vários tiros à queima roupa, na segunda-feira, no bairro da Liberdade no município da Matola, não é o primeiro cidadão ruandês morto em território nacional e já vinha sendo alvo de ameaças, diz o presidente da Asscoiaçõa de refugiados ruandeses em Moçambique.
"Começou a sentir ameaças desde 2016 e as ameaças que vem do governo de Kigali ate hoje, essas ameaças nunca pararam", disse Cléophas Habiyaremye, presidente da associação dos refugiados ruandeses em Moçambique.
Habiyaremye denuncia ainda a existência em Moçambique de um esquadrão de morte ao serviço do regime de Paul Kagame.
"Esse esquadrão da morte de Kigali é eficaz. Não tem outra razão, quando você é refugiado, não quer ser dirigido para este esquadrão da morte, você é considerado inimigo", acrescentou.
O presidente da associação dos ruandeses refugiados em Moçambique recorda que o governo tem obrigações.
"Esse governo de Moçambique assinou a convenção de Genebra sobre a protecção dos refugiados, eu acho que tem que assumir as suas responsabilidades", insistiu Cléophas Habiyaremye.
Em comunicado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados já veio lamentar a morte de Karemandingo Revocat. (x) Fonte:RFI