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sábado, 18 setembro 2021 07:30

Após declarações na PGR: Sidónio Sitoe confirma ter sido ameaçado por Ângela Leão

O réu Sidónio Sitoe confirmou nesta sexta-feira (17) no tribunal que julga o caso das dívidas não declaradas ter sido alvo de ameaças por parte da ré-Angela por ter falado, na Procuradoria Geral da República, a cerca dos imóveis envolvidos no negócio entre os dois

Na sequências das suas declarações na instrução preparatória, Sidónio Sitoe, o 11º réu a ser ouvido no tribunal, disse que as ameaças seguiram-se a uma discussão havida com a ré.

Perante o tribunal, Sidónio Sitoe confirmou  ter construído e vendido três imóveis ao preço global de um milhão e 500 mil dólares a Ângela Leão. 

O réu esclareceu que o dinheiro foi pago pela empresa M Moçambique Construções, do co-réu Fabião Mabunda. Acusado de branqueamento de capitais, Sitoe afirmou que nunca chegou a celebrar contrato de compra e venda dos referidos imóveis, assim como não declarou os correspondentes impostos tributários. 

Admitiu que recebeu 29 milhões de meticais de Ângela Leão na sua conta que, dois meses depois, levantou e emitiu cheques de pouco mais de 26 milhões a favor da ré. Aliás, referiu que, das casas construídas por si durante a sua actividade de construção, apenas vendeu os imóveis a co-ré Ângela Leão. 

Entretanto, ouvida também hoje (17), pelo segundo dia consecutivo, Ângela Leão negou que estivesse envolvida no projecto da criação da zona económica exclusiva, sendo por isso não vê razão para restituir os 387 milhões de meticais que recebeu de Fabião Mabunda  pagos a empresa deste pela Privinvest.

Conforme justificou, o dinheiro é seu e que passou ao co-réu Fabião Mabunda para gerir obras e comprar imóveis e outros bens a seu favor. Por isso, segundoela não pode indemnizar o Estado de algo que não sabe.

Contudo, disse que uma vez os co-réus Cipriano Mutota e Teófilo Nhangumele pediram-lhe para levar um envelope selado para ao seu esposo, Gregorio Leão. 

“Não sei o que tinha lá porque estava selado. Ele abriu sozinho e disse que tinha visto e que eu não devia me meter mais naquele assunto. Por isso, nunca representei o meu marido neste assunto da zona económica exclusiva e da Privinvest, que nem a conheço. Aliás, comecei a ouvir assuntos desta empresa na imprensa”, disse.(x) Fonte: Jornal Notícias

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