Os Estados Unidos da América estão a tentar resolver as diferenças com a França, na sequência da crise causada pelo anúncio de venda, pelos EUA, de 12 submarinos movidos a energia nuclear à Austrália, quando deviam ser os franceses a efectuar o comércio.
A crise nas relações entre os Estados Unidos da América e a França, segundo o Notícias ao Minuto, deve-se ao facto de o país norte-americano, o Reino Unido e a Austrália terem assinado, na semana passada, um pacto que visa reforçar a cooperação trilateral em tecnologias avançadas de defesa.
Sucede que, na sequência do acordo, a Austrália cancelou um contrato com a França para o fornecimento de submarinos convencionais e manifestou a intenção de comprar submarinos nucleares aos Estados Unidos, o que indignou o Governo de Paris.
No contrato com a Austrália, a França devia vender cerca de 12 submarinos com propulsão convencional no valor de 56 mil milhões de euros.
Para além da França, a decisão da Austrália foi criticada por vários países europeus e pelos dirigentes da União Europeia, tendo beliscado as relações com os Estados Unidos.
Nesta quinta-feira, durante uma conferência de imprensa depois de se reunir com o ministro de Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, o secretário dos Estados Unidos de América, Antony Blinken, reconheceu que vai levar tempo para reconquistar a confiança da França e que será demonstrada, não apenas em palavras, mas também em actos.
Segundo o chefe da diplomacia norte-americana, os Estados Unidos estão interessados em fortalecer as relações com a França e procurarão fazê-lo no âmbito do processo de consultas reforçadas.
“Estamos a trabalhar numa série de questões, de uma forma muito prática, para aprofundar a cooperação e coordenação entre os nossos países, que desde há muitos anos têm sido incrivelmente fortes. Mas, podemos fazer mais e podemos fazer melhor”, disse Blinken, citado pelo Notícias ao Minuto.(x) Fonte: O País