A chefe da diplomacia moçambicana afirmou na Assembleia Geral das Nações Unidas que a candidatura do seu país a membro não permanente do Conselho de Segurança da organização “constitui a expressão do nosso firme compromisso com a construção e manutenção da paz e segurança internacionais, a preservação e respeito pelos direitos humanos e a promoção do desenvolvimento sustentável".
A fazer a defesa da candidatura nesta segunda-feira, 27, Verónica Macamo acrescentou que Maputo país quer "colocar à disposição das Nações Unidas a modesta, mas razoável, experiência de Moçambique na prevenção, mediação e resolução de conflitos com recurso ao diálogo".
O terrorismo ocupou um espaço importante no discurso da ministra moçambicana, para quem é "uma ameaça séria à paz e segurança a níveis nacional, regional e global".
Com o país envolvido numa guerra contra insurgentes em Cabo Delgado, a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação destacou o nível de destruição do tecido económico e social, as atrocidades e massacres, a destruição de infraestruturas e a pilhagem de bens das comunidades, que, segundo ela, “semearam luto, dor e sofrimento profundos, que gerou uma situação de emergência humanitária sem precedentes".
Verónica Macamo agradeceu a ajuda da comunidade internacional pela assistência dada, tendo, no entanto, destacado a presença das forças da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral e do Ruanda que, referiu, "felizmente" têm resultado em "progressos no combate ao terrorismo".
"África está entre os continentes mais afectados pelo terrorismo e pelo extremismo violento", acentuou.
Ao abordar a pandemia, a governante moçambicana enumerou as medidas tomadas por Maputo para a combater e pediu a "derrogação temporária de certas disposições do Acordo sobre os Direitos de Propriedade Intelectual Relacionadas com o Comércio, vulgo (TRIPS) para permitir uma resposta mais eficaz à pandemia da Covid-19".
Ela destacou que as vacinas são um bem essencial e instou a comunidade internacional a apoiar a luta contra a pandemia nos países em desenvolvimento porque o seu impacto desafia a todos a “encontrar mecanismos eficazes de mobilização de recursos financeiros para recuperação económica dos países fortemente afectados pela pandemia".
Moçambique candidata-se a membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU para o mandato 2023-2025.(x) Fonte :VOA