O governo ameaça recuar nas medidas de alívio em vigor por ter constatado, com profunda preocupação, a violação, por alguns cidadãos, do decreto sobre as medidas de prevenção da Covid-19, na generalidade das praias do país.
Na sequência da última intervenção do Presidente da República, Filipe Nyusi, sobre a situação de calamidade pública, sobretudo no que toca ao alívio das medidas de contenção da propagação da Covid-19, foram reabertas as praias em todo o território nacional.
Entretanto, segundo anunciou ontem, o porta-voz do Conselho de Ministros, o Vice-Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Filimão Suaze, falando à imprensa no fim da sessão do orgão, o comportamento de alguns cidadãos no último fim-de-semana e em quase todas as praias, com maior destaque para Wimbe, Costa do Sol, Bilene, Tofo, Zalala, entre outras, “contrariaram de forma flagrante” aquilo que eram as expectativas do governo e de muitos cidadãos e grupos de organizações sérias do país.
“Gostaríamos de apelar para que não se confundisse a reabertura de praias com o fim da pandemia da Covid-19. Apelamos, por isso, a consciência individual e colectiva e que aceitemos que a reabertura está destinada aos banhistas e não para aglomerações de qualquer natureza pois estas não permitem o distanciamento e o cumprimento de outras medidas recomendadas no âmbito da prevenção da Covid-19”.
Segundo o governante. alguns cidadãos violaram o decreto sobre as medidas de prevenção da Covid-19 19 consumindo bebidas alcoolicas nas praias, usando para o efeito as mais variadas tácticas, desde o enterro de “colemans” na areia ao uso de copos de plásticos como forma de ludibriar as autoridades policiais e municipais.
“A este respeito gostaríamos de chamar a atenção para o facto de que a continuação destes comportamentos ilegais, negativos, irresponsáveis e, absolutamente, evitáveis poderá resultar no recuo em relação a algumas medidas de alívio anunciadas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, aquando da sua última intervenção sobre esta matéria”, disse Filimão Suaze.
Segundo ele, o executivo defende praias reabertas sim, mas álcool, aglomerações e música tocada em viaturas nas bermas e nas margens das praias não é admissível.(x) Fonte: Jornal Noticias