A União Europeia (EU) advertiu, ontem, as autoridades de transição no Mali que qualquer iniciativa de recorrer à empresa paramilitar russa Wagner “terá consequências” na relação do país com o bloco europeu.
“A União Europeia associa-se à Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO) na denúncia veemente de qualquer iniciativa das autoridades de transição malianas de utilizar a empresa paramilitar Wagner no Mali, o que teria consequências para a relação entre a União Europeia e o governo de transição maliense”, alertou o bloco europeu.
Segundo o Notícias ao Minuto, o aviso surge numa declaração do Alto Representante para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, na qual o gabinete de Josep Borrell elogiou o papel de liderança da CEDEAO durante uma recente conferência para analisar a situação política na Guiné-Conacri e no Mali.
A conferência de chefes de Estado e de Governo decorreu a 16 de Setembro, em Acra, capital do Gana.
“Neste contexto, a União Europeia congratulou-se com a decisão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental de dar início ao processo de revisão do Protocolo Adicional sobre Democracia e Boa Governação de 2001, a fim de reforçar a democracia, a paz e a estabilidade na região”, refere o comunicado.
A UE expressou “a sua profunda preocupação face à atual situação política na Guiné e no Mali, reafirmando a sua veemente condenação dos golpes de Estado” e exortou “todos os intervenientes nos dois países a agirem no respeito pelo Estado de direito, no interesse de paz e bem-estar de suas populações”.(x) Fonte: O País