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segunda-feira, 04 outubro 2021 14:16

Cabo Delgado: Governo considera confissões religiosas ferramentas para a reconstrução da paz

Numa altura em que passam 29 anos desde a assinatura do Acordo Geral de Paz, em Roma, entre o antigo Presidente da República Joaquim Chissano e o líder do maior partido da oposição (RENAMO), Afonso Dhlakama, após uma guerra civil que durou 16 anos, o Secretário de Estado de Cabo Delgado António Supeia, reconhece a importância da celebração do acordo de paz para o desenvolvimento económico e cultural de um país.

Para António Supeia, as confissões religiosas junto da sociedade civil, com o envolvimento da juventude, constituem ferramentas para alcançar o desenvolvimento e a paz tanto desejada em Cabo Delgado.

"Acreditamos que o desenvolvimento só poderá ser conduzido com um forte envolvimento da juventude, para tal iremos restruturar as acções previstas no programa quinquenal do governo 2020-2024 para a província, os planos económicos e sociais e potenciar o plano de atividades no âmbito do desenvolvimento integrado do norte. Tal como outrora, em que o papel das igrejas e da sociedade civil se mostraram preponderantes para abrir o caminho para a assinatura dos Acordos de Paz em Roma, hoje renovamos o convite as confissões religiosas e a sociedade civil, para comungar com o estado na busca da paz e prestar solidariedade a nossa população vítima do terrorismo" realçou o Secretário do Estado de Cabo Delgado.

Na ocasião António Supeia, afirmou ser a responsabilidade de todos a vigilância, evitando a integração de insurgentes na lista dos deslocados, como também da estratégia usada pelo governo para o regresso dos deslocados às suas zonas de origem.

"Todas as forças vivas da sociedade são chamadas a redobrar a vigilância, complementada com a denúncia, sobre qualquer suspeita de movimentação daqueles que não gostam da paz e seus colaboradores, querendo se fazer passar por deslocados, face ao avanço das nossas forças no terreno. No vector de reconstrução, a nossa visão passa por transfigurar a assistência humanitária e de emergência para assumir uma visão de assistência para o desenvolvimento através dos projetos de desenvolvimento local, geradores de renda para as famílias rurais, criando as condições necessárias para a restituição dos meios de vida seguido do regresso faseado, obedecendo o plano de retorno devidamente monitorado pelas autoridades competentes" afirmou António Supeia.

Importa referir que estes depoimentos Foram prestados por ocasião da celebração do Acordo Geral de Paz assinados em Roma, a 4 de Outubro de 1992.(x)

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