O COMBATE ao terrorismo em Cabo Delgado permitiu a destruição das principais bases e o inimigo encontra-se em permanente fuga, segundo informou ontem, em Maputo, o Chefe do Estado, Filipe Nyusi, que, no contexto das celebrações do 29º aniversário da assinatura do Acordo Geral de paz convidou os terroristas a se entregar.
Segundo Filipe Nyusi, este é mais um motivo bastante para saudar e agradecer as Forças de Defesa e Segurança (FDS) que continuam a perseguir os terroristas dia e noite, trabalhando em prol da restauração da segurança, ordem e tranquilidade nos distritos afectados.
Informou ainda que hoje, em Pretória, África do Sul, a Tróika do órgão para cooperação nas áreas de política e defesa da SADC vai fazer a avaliação do empenho da Força em Estado de Alerta nos três meses inicialmente previstos, prestes a findar.
Garantiu que, no Teatro Operacional Norte, os combates estão a acontecer e fazem com que o inimigo não encontre um espaço permanente. A destruição da base Mbau, Siri I e Siri II e mais outras bases faz com que o inimigo não esteja nesses pontos onde se escondia.
“Temos a certeza de que há dirigentes ou líderes dessas forças que estão a fugir, até para fora do país. Mas nos preocupam os nossos compatriotas, uns que aderiram voluntariamente a esta força destruidora, mas outros foram inocentemente recrutados e estão a correr de um lado para o outro”, afirmou Nyusi e convidou a todos para se entregarem.
Disse que estes compatriotas não devem esperar pela morte por perseguição, devendo, de uma forma ordeira, entregarem-se para não serem atingidos inocentemente, pois não têm para onde ir, não devendo ter receio ou pena de voltar para as aldeias que ajudaram a destruir.
Falou de um episódio que se deu sábado último e pregou susto à população de Nametil, onde o inimigo atirou para o ar na tentativa de recuperar algumas senhoras, provenientes do Niassa ao encontro de um indivíduo de nome Rajab.
Garantiu que as referidas cidadãs estão nas mãos das autoridades e serão protegidas para não serem resgatadas pelo inimigo e lançou o apelo para que todos se entregue porque são compatriotas que devem estar do lado certo e não do lado do inimigo.
“Faço outro apelo também ao Mariano Nhongo para que não fique à espera que algo estranho lhe aconteça, que seria a maior desgraça para nós. Isso que aconteceu agora no dia 28 em Djovo, no posto administrativo de Inhaminga, lá em Cheringoma, de ser corrido de um lado para o outro não pode ser assim. Tem que se entregar e vamos encaminhar para onde merece, faz o DDR e organiza-se, escolhe onde quer ficar, o país é de todos nós e cada um pode escolher onde quer estar e não pôr em debandada outros compatriotas, seus seguidores que não sabem o que querem fazer”, exortou o Presidente da República.
O Chefe do Estado reiterou a saudação aos jovens das Forças de Defesa e Segurança (FDS) em toda a extensão territorial que, com bravura e sacrifício se encontram na linha da frente a lutar pela paz e estabilidade, assegurando que o Governo sempre estará ao seu lado.
“Estaremos lá em momentos difíceis e de alegria. Vamos celebrando as vitórias e sempre temos orgulho de estar junto do povo. Não são jovens excluídos da sociedade por estarem a combater o inimigo. O povo moçambicano está convosco e a nação moçambicana agradece pela vossa entrega”, disse Filipe Nyusi.
Por outro lado, o PR apelou para a observância dos cuidados na prevenção da Covid-19, recordando que as medidas de relaxamento recentemente decretadas são para promover o desenvolvimento e não só.
“Não é punição nenhuma ao determinar o que deve ser feito. Queremos levar uma vida normal e estamos bem a gerir. O número de mortes diminuiu e as novas infecções também”, disse Nyusi, lamentando o desrespeito das medidas no primeiro dia de relaxamento.
Conforme disse, as contaminações não se reflectem no dia seguinte, mas sim mais tarde, podendo levar sete a dez dias “e nós queremos voltar às igrejas e mesquitas de forma massiva. Queremos estar em restaurantes tranquilamente e também estamos a preparar para o fim do ano. Não nos puxem para voltarmos a fechar e estragar o que está a ser preparado”.
Disse que muitas reservas estão a ser feitas pelos moçambicanos e estrangeiros, por isso não se pode frustrar as expectativas para já na última semana terem que cancelar.
Criticou o facto de muitas pessoas ficarem na praia a beber e dançar até à madrugada, advertindo que se a pandemia voltar naquela dimensão a culpa não será apenas dessas pessoas, mas sim de todos e apelou para uma convivência ordeira, devendo todos viver com dignidade e personalidade que é característica dos moçambicanos.(x) Fonte:Noticias