Homens desconhecidos destruíram um memorial erguido em Manica, em homenagem aos membros que perderam a vida num ataque supostamente das forças de defesa e segurança, no dia 25 de Setembro de 2015, contra a comitiva do então falecido líder histórico da Renamo, principal partido da oposição, Afonso Dhakama que saiu ileso desta emboscada. 

Inaugurado em Zimpinga, na província de Manica, no centro do país, em pleno dia da Paz, o mesmo foi destruído horas depois como denuncia o secretário-geral da Renamo, André Magibire. 

"Como o dia 4 é Dia da Paz, nós achámos que naquele dia deveríamos, para além de comemorar o dia 4 de Outubro, também recordarmo-nos dos colegas que pereceram neste local, numa altura que já estávamos em paz. Os ataques não aconteceram no tempo de guerra, não. Aconteceram no tempo de paz , daí termos produzido este memorial", começou por dizer.

André Magibire falou depois sobre a vandalização do monumento: "Lamentavelmente, no dia seguinte, tomámos conhecimento de que este lápide já tinha sido destruido e nós perguntámos: porque é que destruiram? Afinal, onde é que está a dita reconciliação nacional? Nós não fizemos o lançamento/ a inauguração deste memorial à noite, foi de dia. Se quisessem, podiam ter vindo connosco naquela altura".

A Renamo classificou ainda este acto de vandalismo de "vergonhoso e macabro" e garantiu que o partido vai apresentar uma queixa-crime à polícia, de modo a que possam ser investigadas as circunstâncias em que aconteceu a destruição do monumento.

De salientar que o memorial, em homenagem aos 19 guerrilheiros da Renamo que morreram no ataque perpretado em 2015, foi inaugurado a 4 de Outubro e acabou por ser destruído no dia seguinte.(x) Fonte:RFI