Os presidentes francês e guineense abordaram as crises na África Ocidental, nomeadamente os golpes de Estado no Mali e na Guiné Conacri, aquando da visita de Umaro Sissoco Embaló ao Palácio do Eliseu nesta sexta (15 de Outubro). O presidente da Guiné-Bissau foi saudado pelo seu anfitrião, Emmanuel Macron, pelo seu papel em prol da estabilidade interna, mas também regional.
O presidente guineense saudou o interesse do seu anfitrião pela juventude africana enfatizando a necessidade de se trabalhar para evitar dramas da migrantes clandestinos "nos mares e oceanos".
Umaro Sissoco Embaló admitiu a preocupação que a situação sub-regional levanta, com as transições maliana e na Guiné Conacri e fez questão em se exprimir em francês.
"Posso garantir-lhe que a Guiné-Bissau encontrou agora o seu caminho, após longos anos de instabilidade.
A França, embora estando sempre ao lado da Guiné-Bissau, não pôde ter um interlocutor para nos ajudar, como sempre o fez.
Hoje estamos numa nova dinâmica : sobretudo, efectivamente, há motivos de preocupação na sub-região.
E eu sei o quanto preza também a juventude africana ! Somos ambos jovens.
Penso que a França nos pode ajudar a criar empregos e universidades por forma a pouparmos os óbitos inúteis da nossa juventude africana, desamparado nos mares e oceanos. Acho que isso é muito importante e que a França nos pode ajudar neste domínio do combate à imigração clandestina.
A Guiné-Bissau está actualmente comprometida na luta contra a corrupção e o narcotráfico, etc. e conto muito com Paris para me ajudar."(x) Fonte: RFI