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sábado, 16 outubro 2021 08:24

João Lourenço avisa que “não há esconderijos seguros” para bens ilícitos

O Presidente de Angola, João Lourenço, efectuou o último discurso sobre o estado  da nãção do seu  mandato, no qual para além de passar em revista a situação económica e social do país, realçou que um dos seus objectivos é a consolidação do Estado de Direito e a continuidade do combate à corrupção e à impunidade. 

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, avisou a 15 de Outubro de 2021, no seu último discurso sobre o estado da nação que “não há esconderijos seguros para os bens adquiridos à custa do erário público e que a justiça angolana tudo tem feito para os recuperar, seja quais forem as individualidades singulares ou grupos de pessoas" alertou.

João Lourenço fez estes pronunciamentos num discurso de 1hora e 50 minutos na Assembleia Nacional, nos quais abordou dados estatísticos e destacou a melhoria da economia nacional, reiterando o habitual convite a investidores estrangeiros para investirem no país.

Dois mil e quinhentos milhões de dólares, em dinheiro, bens, património e participações sociais, dos quais 2.100 milhões de dólares foram apreendidos no estrangeiro, no âmbito da luta contra a corrupção e a aquisição ilícita de bens por cidadãos angolanos.

De acordo com o chefe de Estado angolano, a Direcção Nacional de Prevenção e Combate à Corrupção e o Gabinete de Recuperação de Activos, da Procuradoria-Geral da República, têm estado a actuar de forma dinâmica, paralelamente  foram revitalizados os mecanismos de investigação e instrução criminal, no seio de Serviço de Investigação Criminal (SIC) e da Polícia Nacional.

O Estado angolano, segundo o presidente Lourenço, teria sido lesado  em pelo menos 24 mil milhões  de dólares norte-americanos e no âmbito do processo de recuperação de activos, o país da África austral já recuperou bens imóveis e dinheiro no valor de 4.904.007.841,82 de dólares. 

João Lourenço confirmou a caça ao dinheiro angolano desviado para o exterior, tendo afirmado que "A Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana remeteu 24 cartas rogatórias e recebeu também 98 cartas de diferentes países que se encontram em tratamento".

Não há esconderijo seguro para os bens de pessoas que os adquiriram lesando profundamente o erário público. A justiça angolana tudo fará para recuperar os recursos do Estado que tenham sido desviados, sejam quais forem as figuras singulares ou colectivas envolvidas”, garantiu o chefe de Estado angolano, na abertura do ano parlamentar, neste que é o seu último discurso sobre o estado da Nação, no quadro do seu mandato de 2017 a 2022.(x) Fonte: RFI

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