A revista de banda desenhada, Kurika, que encantou os leitores jovens e adultos entre a década 80 a 90 do século passado, está de volta ao mercado.
A revista de banda desenhada Kurika, foi uma iniciativa do falecido jornalista, cineasta e activista das artes Machado da Graça, em parceria com diversos criadores na época, e foi uma oportunidade para mostrar as potencialidades artísticas dos fazedores da banda desenhada, dar a conhecer histórias do Moçambique real e profundo. O Kurika, é uma fonte viva da história de Moçambique, e pode ser revisitada e descoberta na Galeria Kulungwana, na Estação dos Caminhos de Ferro de Maputo, na cidade capital.
Entusiastas e antigos leitores da revista, reagiram ao retorno do Kurika ao mercado.
"Nunca houve uma publicação de banda desenhada inteiramente focada em temáticas, estéticas e autores moçambicanos. Ao olhar para o futuro agora, já era altura de isso acontecer" - disse Tavares.
"O que mais me fascinava em miúdo, eram os desenhos e os universos que eram criados à volta de cada história, um overload de informação que só a internet trouxe, não sei quantos anos depois. Para a geração do meu irmão, do pessoal mais velho, o impacto foi outro", reagiu João Roxo.
Na senda de trazer de volta a revista, a nova geração dos criadores do Kurika, dirigidos pelo caricaturista conceituado, Neivaldo Nhatugueja, organizou um concurso de banda desenhada denominada, 'Concurso Kurika Futuro Kulungwana 2020', onde foram classificados os três primeiros com prémios, nomeadamente, 1° Prémio - Reijão Carvalho com a obra "2500 A Extinsão do homem", 2° Prémio - Januário ou Link, com a obra "Última chamada" e o 3° Prémio - Luís Santos, com a obra "MPT 2103".
Dos títulos publicados na revista Kurika, destacam-se: "Pretesto para um copo", "Unahiti: o guerrilheiro", "Namacurra", "Kuaku, o herói africano", "Gaza e os escravos", "Samora Vive" e "Kangaroo Kid".(x)