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quarta-feira, 27 outubro 2021 11:55

Fome em região angolana de Huambo volta a pressionar autoridades

O bispo do Huambo alertou que a fome votou a matar naquela zona, o centro e sul de Angola, continuando em situação de insegurança alimentar devido à estiagem prolongada. Sectores da sociedade angolana  pedem  a intervenção do governo angolano para combater a fome.

A Fome voltou a matar no Huambo, não obstante a distribuição de géneros alimentícios pela  "task force", criada pelo  governo angolano para lutar contra a seca nas regiões, centro, sul e sudeste de  Angola.

A  problemática da estiagem no centro e sul de Angola que está a causar mortes de pessoas e animais devido à fome leva  alguns sectores da sociedade a reclamar o apoio do Executivo Angolano.

O mais recente alerta veio da Província do Huambo. O Bispo local, Dom Zeca Martins, alertou que morreram nos últimos dias cerca de 11 pessoas de fome, no município do Mungo. O sacerdote avisou que outras pessoas poderão falecer se não chegar ajuda alimentar de emergência.

As regiões da Huíla, Cunene, Namibe, Benguela e Kuando Kubango também, reclamam ajuda alimentar.

A pouca ajuda do Governo e das organizações não governamentais revelou-se insuficiente para os atendimentos de milhares de pessoas, vítimas da estiagem.

Os bispos católicos angolanos apelaram recentemente ao Executivo Angolano, para declarar o estado de emergência nas zonas afectadas pela estiagem de forma  a  salvar as populações, vítimas da fome, assim como  permitir que as mesmas tenham acesso ao apoio Internacional.

Apesar dos apelos, o Executivo do Presidente João Lourenço recusa declarar o estado de emergência humanitária, tendo optado por criar no passado em Setembro de 2021  um Grupo Técnico de acompanhamento da problemática da estiagem no país, cuja tarefa consiste designadamente em gerir as operações de distribuição de ajuda às populações sinistradas.

A  criação do Grupo Técnico  foi anunciada por  Carolina Cerqueira, ministra de Estado para a Área Social, que chefia uma  comissão de acompanhamento e resposta à seca  no sul de Angola,  da qual também faz parte  Francisco Furtado, ministro de Estado e  chefe da Casa de Segurança do Presidente da República.

De acordo com Carolina Cerqueira, as manifestações  climáticas das regiões  angolanas  afectadas  pela  estiagem, exigem uma mobilização pontual em matéria de logística e de distribuição dos meios.

Receia-se que a seca ,nas zonas citadas, venha contribuir para um agravamento da situação alimentar nos  próximos meses.(x) Fonte: RFI

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