O Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, apelou ontem para uma acção rápida na implementação do plano de reconstrução dos distritos afectados pelo terrorismo no norte da província de Cabo Delgado.
O orçamento total deste plano é de cerca 300 milhões de dólares norte-americanos, sendo que aproximadamente 200 milhões são destinados à implementação de acções de curto prazo, incluindo acções de impacto imediato.
O plano de emergência visa criar condições para a reconstrução e garantir o funcionamento normal dos distritos recuperados, nomeadamente Mocímboa da Praia, Muidumbe, Quissanga, Nangade, Macomia e Palma.
“O trabalho de assistência psicossocial, de assistência humanitária e de reconstrução de infra-estruturas é enorme e urgente. A par destas acções, é fundamental a assistência em termos de insumos agrícolas e pesqueiros para que a população possa desde já iniciar com o processo de produção para o seu auto-sustento”, disse o Primeiro-Ministro, falando na reunião de avaliação e monitoria da implementação do Plano de Reconstrução de Cabo Delgado. O encontro juntou chefes das missões diplomáticas e representantes de organismos internacionais.
As acções de curto prazo e de impacto imediato deverão ser implementadas num período de um ano, nomeadamente a reposição da administração pública, unidades sanitárias, escolas, energia, abastecimento de água, saneamento, telecomunicações, vias de acesso, identificação civil, apoio psicossocial, auto-emprego, sobretudo para jovens.
“Temos que agir depressa para responder à dinâmica no terreno. Com a melhoria da situação da segurança, temos população nos distritos afectados que regressou ou está a regressar para as suas aldeias. Há muita expectativa no terreno em relação
à implementação deste plano”, disse do Rosário.
Segundo do Rosário, o Governo, com ajuda dos parceiros internacionais, tem que garantir de imediato a assistência alimentar e em bens não alimentares de emergência à população que se encontra ou que está a regressar às zonas afectadas.
O governo comprometeu-se a realizar até Dezembro próximo acções que vão permitir que as populações possam regressar gradualmente às suas zonas de origem.
No encontro, o Banco Mundial anunciou que vai desembolsar fundos adicionais de 100 milhões de dólares para a implementação do plano de reconstrução do norte de Cabo Delgado.
“Muitas pessoas gostariam de voltar às zonas de origem. Com a evolução da situação, aprovamos um financiamento adicional de 100 milhões de dólares que vai ser desembolsado até Janeiro do próximo ano”, disse Idah Pswarayu-Ridihough, Representante do Banco Mundial em Moçambique.
Os parceiros canalizaram em 2021 cerca de 160 milhões de dólares, através das Nações Unidas para ajuda alimentar e serviços de educação e saúde para os deslocados.(x) Fonte:Noticias ao Minutos