O Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segura exige da Polícia acções firmes e sem tréguas contra os raptos e suas variadas formas de actuação.
Falando na cerimónia de encerramento do 41.º Curso básico de formação de membros da Polícia da República de Moçambique, Filipe Nyusi notou com preocupação o recrudescimento das manifestações de crime organizado praticado por pessoas sem escrúpulo e movidas de ganância pelo enriquecimento fácil e ilícito. Os raptos, conforme aludiu, concorrem para um clima de desespero, incerteza e insegurança, afectando negativamente o ambiente de negócios e o investimento privado em Moçambique.
“Este tipo de crime culmina, por vezes, com a deslocação de investidores para outros horizontes e a transferência de capitais para o exterior que podiam estar a circular a bem da economia nacional. Por isso, caros membros da PRM, temos que combater com firmeza estes actos criminosos e hediondos, cujas consequências afectam não só as famílias das vítimas e a classe empresarial, mas a todos os moçambicanos e aos cidadãos estrangeiros que escolheram o nosso país para residir ou trabalhar”, observou o Chefe do Estado.
Entretanto, exortou para uma estrita colaboração por parte dos familiares e amigos dos que são vítimas deste tipo de crime, bem como para o reforço da ligação entre a Polícia e a comunidade.
“Desafiamos a todos os membros da PRM a dar o melhor de si na interacção com o cidadão comum, devendo ser corteses, educados, respeitadores de valores e princípios ético-morais institucionais, da pluralidade dos valores culturais do nosso povo e com este contribuir para uma melhor abordagem na sociedade”, frisou.
O Comandante-Chefe saudou e encorajou às Forças de Defesa e Segurança que operam nos teatros operacionais Centro e Norte. Segundo apontou, são jovens que dão o seu melhor para impedir que a pátria moçambicana seja, de tempos em tempos, chantageada com recurso a armas de fogo, quer por agentes internos, quer por externos.
Explicou aos graduados que o solene acto de juramento à bandeira, a leitura dos despachos de nomeação e a consequente integração na carreira policial, marca um momento ímpar nas suas vidas, ao mesmo tempo que traduz o compromisso com a nação e as suas causas. Expressa ainda, conforme disse, a prontidão no cumprimento das obrigações e a entrega incondicional à defesa e segurança da pátria.
Os mais de quatro mil graduados vão servir nas diferentes áreas da segurança interna do Ministério do Interior, nomeadamente no Comando-Geral da Polícia, Serviço Nacional de Investigação Criminal, Segurança Pública, Migração, Identificação Civil, e no Quadro Técnico Comum.
O estadista moçambicano disse igualmente que o polícia formado na Escola de Matalane deve estar à altura dos desafios actuais e ser proactivo no exercício das suas funções.(x) Fonte: Notias Ao Minuto