Segundo as preocupações deixadas pela Sociedade Civil, na reunião dirigida no dia 25.10.2021, na Cidade de Pemba, pela Procuradora Geral Adjunta da República de Moçambique, Glória da Conceição Adamo, apontam como situação preocupante, a forma como vivem os idosos nos centros de reassentamento e o mau tratamento dos deslocados com deficiência visual na província de Cabo Delgado.
As organizações humanitárias e Sociedade Civil, consideram pessoas com deficiência vulneráveis nos centros de reassentamento de deslocados, principalmente os deficientes visuais, que lamentam sofrimento e a impotência de enxergar a real situação que enfrentam a luz do sol.
Róssia Machava, representante da Associação ADEL, vocacionada na ajuda aos deslocados, disse que as pessoas com deficiência são mais vulneráveis nos centros de reassentamentos de deslocados na provincia de Cabo Delgado.
"Os deslocados com deficiência física e visual, encontram-se numa situação mais vulnerável em relação as outras pessoas, também são vulneráveis, não querendo tirar o mérito neste caso, os deficientes precisam de uma atenção mais especial. Uma das coisas que nós observamos, é que nos centros de reassentamento não tem programas dirigidos às pessoas com deficiência e algumas delas ficam muito vulneráveis. Essas pessoas, acabam ficando sem assistência tanto médica, como assistência alimentar; algumas pessoas são registadas para recebar apoio mas, por causa da deficiência acabam não se beneficiando, as vezes não tem apoio do governo, e ficam traumatizadas por esta situação"- Disse Róssia Machava.
Sobre a mesma questão, a Procuradora Geral Adjunta da República de Moçambique, Glória da Conceição Adamo, disse que é importante fazer-se uma intervenção e reflexão sobre a vida das pessoas com deficiência, que estão na condição de deslocados.
"As pessoas com deficiência, é preciso de facto olharmos para esta questão, parece pequena mas é uma questão bastante importante, sobretudo para os deficientes visuais, não conhecem o ambiente, não sabem para aonde andar, não sabe o que fazer, então estão a ficar muito mais vulneráveis e afectados por estas situações. As organizações que estiverem vocacionadas a estas matérias, pedimos que ajudem esses nossos concidadãos para que possam dar o apoio que eles precisam, tanto para se familiarizarem com o meio em que existe, como também com as actividades que podem realizar na sua condição"- Disse Glória da Conceição Adamo, Procuradora Geral Adjunta da República de Moçambique.(x)