A recente morte de Mariano Nhongo, líder da Junta Militar, grupo contestatário do actual presidente da Renamo, Ossufo Momade, não era o objecto para o alcance da paz na região centro de Moçambique. Esta garantia foi dada pelo Enviado Especial do Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para a paz no país, Mirko Manzoni.
A morte do líder da autoproclamada junta militar pelas forças governamentais no início do mês foi algo inesperado e não fazia parte do plano para se devolver a paz na região centro de Moçambique, assegura Mirko Manzoni, Enviado Especial para a paz do secretário-geral das Nações Unidas no país.
"Mariano Nhongo não foi uma situação que queríamos, mas claro, acho que muito foi feito para evitar este resultado que não é o melhor, mas acho que agora temos de trabalhar por um futuro, futuro de paz em Moçambique", considerou este responsável que já no passado deu conta de tentativas inconclusivas no estabelecimento do diálogo com o líder da autoproclamada junta militar.
No campo das operações ainda em curso no terreno, o comandante-geral da polícia, Bernardino Rafael informou que os trabalhos prosseguem no teatro operacional centro, visando devolver a paz às províncias de Manica, Sofala e Tete.
"As forças de Defesa e Segurança têm ainda um processo para poder clarificar a rede da junta militar, porque a junta Militar não são só aqueles que estavam lá no mato a disparar", declarou o comandante-geral da polícia.
Para já os apelos sucedem-se para que os membros da Junta militar, grupo dissidente da Renamo a quem se atribui os ataques armados desde 2019 contra alvos civis, para que abandonem as matas e adiram ao processo de Desmilitarização, Desmobilização e Reintegração, DDR.(x) Fonte:OPaís