Joe Biden, presidente norte-americano, criticou esta terça-feira, 2 de Novembro, a ausência da China e da Rússia na cimeira do clima das Nações Unidas, popularmente designada COP26, que está a decorrer em Glasgow, na Escócia até ao próximo dia 12 de Novembro. Os dois países já reagiram.
O presidente dos Estados Unidos da América defendeu que a ausência da China e da Rússia do encontro foi "um grande erro".
"Penso que foi um grande erro, muito francamente, a China não aparecer. Esperávamos a China. O resto do mundo vai olhar para a China e dizer "que valor acrescentado é que eles estão a dar? E perderam a capacidade de influenciar as pessoas em todo o mundo e todas as pessoas aqui na Cimeira. Do mesmo modo, argumentaria em relação à Rússia", defendeu Joe Biden.
Por sua vez, a China e a Rússia já responderam às acusações. Um porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, disse que as "acções falam mais do que palavras" e reiterou as "acções concretas" da China no combate às alterações climáticas, dando o exemplo da aposta do país nas energias renováveis.
Já a Rússia, sob a representação de um porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o país "não concorda" com as críticas feitas por Joe Biden e defendeu que as acções climáticas russas são "coerentes, reflectidas e sérias".
A COP 26 conta com milhares de especialistas, activistas e pelo menos 120 chefes de Estado e de governo que se reúnem durante vários dias para discutirem o problema das alterações climáticas.
Recorde-se que na COP21, em 2015, nasceu o famoso Acordo de Paris, em que os países se comprometeram a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, e, como tal, na COP26 vão ser apresentados os dados relativos às suas contribuições nesse sentido. A meta seria limitar o aumento da temperatura média global do planeta entre 1,5 e 2 graus celsius.
De salientar que a China, Rússia, Índia e Estados Unidos da América são os quatro maiores emissores de gases com efeito de estufa.
Os Estados Unidos da América querem, porém, tornar-se numa referência no combate às alterações climáticas. Joe Biden, presidente americano, recorde-se, decidiu assinar o regresso ao acordo de Paris, no momento em que foi eleito.(x) Fonte: RFI