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quarta-feira, 17 novembro 2021 07:50

Chivale requer para não ser ouvido

O tribunal anunciou esta segunda-feira (15) que o advogado Alexandre Chivale, que defendia os co-réus António Carlos do Rosário, Inês Moiane  e Elias Moiane, requereu para não ser ouvido como declarante nos presentes autos. 

Sem detalhar os motivos do referido pedido, o juiz Efigênio Baptista prometeu remeter o requerimento do causídico ao Ministério público (MP) para este dar o seu parecer. A audição de Chivale está agendada para 23 de Dezembro próximo, na condição de declarante, no mesmo dia em que será ouvido o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane.

Chivale viu-se impedido pelo tribunal de continuar a defender os seus constituintes por “incompatibilidades e conflitos de interesse”, tendo sido constituído declarante nos presentes autos. Com o seu impedimento, os três co-réus acabaram por escolher o advogado do réu Armando Ndambi Guebuza, Isalcio Mahanjane, para os defender.

Refira-se que Chivale está a ser investigado pelo MP num processo autónomo por supeita de branqueamento de capitais nas empresas Txopela Investimentos e Dandula, onde é administrador e sócio maioritário, respectivamente. 

As investigações a Chivale no processo autónomo surgiram a partir do momento em que se ficou a saber que era administrador das duas empresas, usadas para receber dinheiro da Privinveste, em benefício de particulares. As investigações estão centradas também no facto de o advogado estar a ser suspeito de obstruir a continuidade das diligências em curso por parte do MP. 

Nesta senda, Chivale é apontado de, sistematicamente, viajar ao Líbano ao encontro de Jean Boustani e outros sócios da Privinvest, facto que, segundo o MP, está a inviabilizar o curso normal das investigações.

O MP refere na acusação do caso “Dívidas não declaradas” que a Txopela Investimentos, empresa na qual o causídico é administrador, envolveu-se na recepção, dissimulação e branqueamento de valores  pagos pelo Grupo Privinvest para a compra de vários imóveis a favor do réu António Carlos do Rosário. 

Acusa ainda Chivale de deter 75 por cento do capital como sócio da empresa Dandula, que gere os activos imobiliários adquiridos pela Txopela Investimentos com os fundos resultantes do calote, ora em julgamento. 

Conforme argumentou Ana Sheila Marrengula, representante do MP, está ainda o facto de, na qualidade de colaborador do SISE, uma entidade do Estado, o causídico estar a exercer ou patrocinar causas contra o próprio Estado, a quem presta serviços. (x) Fonte: Jornal Notícias

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