O agravamento dos níveis de poluição do ar obrigou as autoridades de Nova Delhi a encerrar, esta quarta-feira, 17 de Novembro, as escolas e as universidades por tempo indeterminado. Há uma recomendação de teletrabalho e estão proibidos de circular os camiões que transportam mercadorias não-essenciais.
A decisão surge depois de Nova Deli ter registado nevoeiros tóxicos, levando as autoridades a encerrar as escolas e universidades por tempo indeterminado.
A Comissão para a Gestão de Qualidade do Ar de Nova Deli determinou ainda que cerca de metade dos funcionários públicos trabalhem a partir de casa e incentivou as empresas privadas a fazerem o mesmo.
No último sábado, perante o denso nevoeiro de poluição na cidade, as autoridades já tinham decidido encerrar as escolas por quatro dias, mas uma nova ordem emitida esta quarta-feira indica que os estabelecimentos de ensino devem continuar encerrados até novas indicações.
Os níveis máximo de poluição, frequentes no inverno, aumentaram recentemente devido à actividade das centrais a carvão às portas da cidade, a poluição dos veículos, actividades de construção ou queima de lixo a céu aberto.
Trata-se de um problema crónico para a Índia que este ano enfrenta níveis de poluição especialmente graves. De tal forma que o Supremo Tribunal da Índia ordenou que os governos estaduais e federais tomassem medidas “urgentes” para enfrentar os elevados níveis de poluição.
Esta semana, os níveis de PM2,5 – partículas menores, mais perigosas porque podem entrar na corrente sanguínea – estavam acima de 400 em várias zonas da capital. Na semana passada, foi atingido um novo máximo de 500, muito acima do limite máximo recomendado.
A Organização Mundial da Saúde estabelece como “bom” valor destas partículas no ar abaixo de 50 e um valor “satisfatório” abaixo de 100.
De acordo com a publicação The Lancet, em 2020, quase 17.500 pessoas morreram em Delhi devido à poluição do ar. A capital indiana, com cerca de 20 milhões de habitantes, é cidade mais poluída do mundo, segundo um relatório da organização suíça IQAir, publicado em 2020. (x) Fonte:RFI