O ministro moçambicano dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, disse que o executivo está a estudar com a Total a data de retoma das operações. Em causa, a melhoria da segurança provocada pela acção de forças conjuntas de Moçambique, Ruanda e SADC no norte de Moçambique.
Foi no final de um encontro que o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, manteve com representantes de algumas empresas que o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, disse que o executivo está a estudar com a Total a data de retoma das operações, face à melhoria da segurança provocada pela acção de forças conjuntas de Moçambique, Ruanda e Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
“Já há acções em curso entre o governo e os parceiros da área 1 e por isso estes encontros regulares. Tivemos há pouco tempo encontros com a TOTAL, tivemos encontros com a ENI, hoje tivemos com a GALP e também com a MITSUI e as perspectivas é de que até ao final do ano vamos definir as condições para sentarmos e decidir sobre a retoma do projecto”, indicou o ministro.
A Área 1 está concessionada ao consórcio liderado pela petrolífera francesa Total, que suspendeu as obras de construção do empreendimento de produção de gás natural liquefeito devido ao ataque de 24 de Março na vila de Palma.
Max Tonela entende que o sucesso das forças moçambicanas e das suas aliadas do Ruanda e da SADC no combate à violência extrema em Cabo Delgado está a devolver gradualmente a confiança aos investidores.
“A questão de base é que estão satisfeitos com os progressos, mas queremos todos uma situação de segurança sustentável que permita que todos os projectos de investimento programados para aquela área possam ocorrer”, acrescentou.
O ministro dos Recursos Minerais e Energia disse, ainda, que os consórcios petrolíferos que operam na bacia do Rovuma estão a negociar formas de parceria para a redução de custos e maximização de ganhos.
“O trabalho que está em curso entre as concessionárias das áreas 1 e 4 não tem em vista a compra de participações, tem em vista identificar áreas de parceria, com vista a minimizar ou reduzir os custos globais destes investimentos”, afirmou.
O governante avançou a partilha de recursos logísticos entre as petrolíferas como uma área de parceria que pode resultar na redução de custos.
Além da Área 1, concessionada ao consórcio liderado pela Total, a Área 4 da bacia do Rovuma foi concessionada a um consórcio liderado pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma “joint venture” da Exxon Mobil, Eni e CNPC (China) que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão.
A exploração da Área 4 arranca em 2022 com uma plataforma flutuante de liquefacção de gás extraído a cerca de 50 quilómetros da costa de Cabo Delgado, enquanto o arranque do projecto de exploração das restantes reservas e liquefacção em terra continua por anunciar.(x) Fonte: RFI