A partir de já, as sedes distritais passam a ser protegidas por companhias independentes das Forças Especiais da PRM. Nesta fase-piloto, esses homens, com treinamento específico, serão posicionados em 12 distritos das províncias de Cabo Delgado, Niassa, Nampula, Zambézia e Inhambane.
Foi oficialmente lançado na cidade de Nampula o programa de posicionamento de companhias independentes das unidades de operações especiais da Polícia da República de Moçambique (PRM). Trata-se de homens treinados especialmente para agirem em situações complexas de segurança, como o que acontece, actualmente, na parte norte de Cabo Delgado e a sua área de actuação será somente a parte que circunscreve as sedes dos postos administrativos, visando proteger a população e empreendimentos económicos estratégicos para o desenvolvimento do país.
Esta é a operacionalização do que o Presidente da República, também Comandante-Chefe das Forças de Defesa de Moçambique deixou como recomendação durante o 21º conselho coordenador da PRM, em Maio último, no sentido de que a corporação devia formar comandantes de pelotões e membros capazes de proteger as sedes distritais.
Ao que tudo indica, o Governo aprendeu com a tomada de Mocímboa da Praia pelos terroristas durante um ano, que é necessário ter unidades policiais exclusivamente viradas a defender essas circunscrições geográficas que por natureza concentram muita população ao nível distrital.
Discursando na ocasião do lançamento do programa em alusão, na manhã desta sexta-feira, no campo 25 de Junho, cidade de Nampula, o Presidente da República, Filipe Nyusi, começou com a referência do ponto de situação de segurança na província de Cabo Delgado, tendo reconhecido mais uma vez a existência de bolsas de combate contra os terroristas.
“Ainda persistem bolsas de insegurança em alguns distritos da província de Cabo Delgado, embora se esteja a registar grandes progressos frutos do empenho das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, em coordenação com as forças Amigas do Ruanda e da SADC que forçam os terroristas a uma posição defensiva e de fuga permanente à procura de refúgios”, disse Filipe Nyusi.
A força é especial e o seu equipamento (armamento), também. São metralhadoras ligeiras e automáticas de origem russa, muito usadas pelas diferentes forças policiais brasileiras.
“O chamamento de hoje é para proteger um território que se chama distrito – o polo do desenvolvimento para onde o Governo tem estado a direccionar a sua atenção em todas as dimensões. A companhia independente, no nosso actual conceito, não tem quartel. O seu teatro operacional é todo o lado onde o crime reside ou pretende tomar conta”, esclareceu.
Nesta fase-piloto, as companhias independentes das Forças Especiais da PRM vão actuar nos distritos de Palma, Nangade, Mocímboa, Muidunbe e Quissanga, em Cabo Delgado; Marrupa e Mecula, no Niassa; Memba e Moma, em Nampula; Pebane e Gurué, na Zambézia e Inhassoro, em Inhambane.
“O desempenho de cada unidade no distrito será avaliado pela ausência do crime ou pelo alto nível de esclarecimento de diferentes crimes. Como unidades independentes, têm a obrigatoriedade de manterem o maior nível de coordenação com outras forças de Defesa e Segurança no terreno para evitar a duplicação de esforços.
Deverão manter uma prontidão permanente e não fiquem estáticos, perante uma missão que exige maior dinamismo”, concluiu o Comandante-Chefe. O posicionamento destas forças no terreno começou ontem, dia 26.11.2021.(x) Fonte: OPais