Um projecto de massificação de gás doméstico acaba de arrancar no país, prevendo-se que até 2025 sejam disponibilizados cerca de 1.4 milhão de botijas pequenas para famílias de baixa renda nas províncias de Cabo Delgado, Tete, Nampula e Zambézia.
A iniciativa é liderada pelo Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) e contempla, além das garrafas de cinco a seis quilogramas, infra-estruturas como cozinhas comunitárias e três unidades de enchimento de gás em Nampula, Tete e Cabo Delgado.
A ideia é incutir nas comunidades que ainda dependem do carvão vegetal e/ou lenha para confeccionar alimentos o hábito de usar gás, o que se espera resulte numa migração para esta fonte de energia, comparativamente mais limpa e amiga do ambiente, de acordo com o director nacional-adjunto de Hidrocarbonetos e Combustíveis.
José Muhai, que falava ao “Notícias”, disse que o projecto está orçado em 100 milhões de dólares norte-americanos financiados pelo Fundo para Infra-Estruturas do MIREME.
Muhai assume que não é fácil mudar os hábitos da população que desde a sua génese vem usando lenha e/ou carvão, razão pela qual o projecto prevê a construção de quatro cozinhas comunitárias, nas quais os beneficiários se irão familiarizando com a nova realidade.
A unidade de enchimento de Nampula vai já na fase final de instalação, esperando-se que arranquem, em breve, as de Tete e Pemba.
O director nacional-adjunto de Hidrocarbonetos e Combustíveis no MIREME disse que a massificação do uso de gás doméstico está a atrair a atenção de parceiros nacionais e internacionais, que se mostram aptos a financiar, decorrendo negociações com alguns deles.
Entre os parceiros, Muhai apontou o grupo Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento e o Banco Nacional de Investimento. Contudo, os trabalhos vão avançando com o financiamento do Fundo para Infra-Estruturas.(x) Fonte:JNotícis