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terça-feira, 07 dezembro 2021 12:00

Cabo Delgado: CNDH preocupado com crianças desaparecidas devido ataques terroristas

A Comissão Nacional dos Direitos Humanos  (CNDH) através do Comissário Nacional e porta-voz judicial Ismael Panachande entende que a província de Cabo Delgado passa por momentos difíceis de violação dos direitos humanis e desaparecimento de pessoas inocentes devido aos ataques terroristas que assolam a província.

Segundo Ismael Panachande um dos grandes desafios que a Comissão Nacional dos Direitos Humanos enfrenta, é saber o paradeiro das crianças que encontram-se até ao momento desaparecidas, devido aos ataques terroristas que vem se registando em Cabo Delgado desde 2017.

"A nível da província temos grandes desafios, porque algumas crianças ainda não estão no controlo do perno, ainda estão desaparecidas, ainda não têm acesso a escolaridade, há boas políticas, boas práticas do governo de toda a criança que chegar, independentemente de onde vier terá documentação, deve ter acesso a escola, isso é uma vantagem, mas sentimos que ainda precisamos unir mais esforços para melhorar, porque sentimos que alguma parte ainda não está a receber devidamente os seus direitos" - disse Ismael Panachande porta-voz judicial e comissário nacional da CNDH

Na ocasião o oorta-voz e comissário nacional falou da importância de ser solidário para com as crianças vítimas dos ataques perpetrados por homens desconhecidos.

"É importante que cada um de nós sinta esse sentimento de amparo, por isso que em todas as nossas intervenções apelamos a ajuda humanitária, e nem sempre a ajuda deve ter a tendência de esperar doações de fora, nós internamente podemos muito bem abraçar a causa. Imaginemos se tivéssemos um princípio de cada família, acolher um deslocado interno, são algumas práticas ou princípios e valores que cada um de nós como moçambicano, como natural, como nativo  pode fazer. Todo o tipo de ajuda, desde que seja até o acolhimento, um apreço, uma palavra de conforto ou carinho, vai fazer uma diferença a cada criança que precisa" - frisou o porta-voz judicial e comissário nacional da CNDH Ismael Panachande

O porta-voz e comissário apontou a falta de implementação de algumas leis que favoreçam a criança, ser desafio para o seu sector.

"O grande desafio é implementação da lei para a protecção das uniões prematuras,  mas ainda prevalecem casos de uniões prematuras, nós achamos que é um grande problema que afeta a criança, temos várias outras leis que em benefício e protecção dos menores e nem todas elas estão a se fazer sentir. Depois estamos a falar da província de Cabo Delgado que tem algumas práticas culturais que vêm já enraizadas passando de gerações em gerações, então não é de hoje para amanhã que as pessoas vão mudar, ainda que haja uma lei  e penas exemplares, é preciso haver também como desafio a disseminação de informação, fazer sensibilização aos adultos" - concluiu o porta-voz judicial e comissário nacional da Comissão Nacional de Direitos Humanos Ismael Panachande. (x)

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