Um total de 1659 unidades sanitárias, entre hospitais gerais, provinciais, centros e postos de saúde, estão a disponibilizar o Tratamento Anti-Retroviral (TARV), alargando a cobertura deste serviço para 94 por cento da rede sanitária nacional.
Segundo informações prestadas pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago, na última sessão de perguntas ao Governo na Assembleia da República (AR), o sistema nacional é composto por 1770 unidades sanitárias de diferentes categorias.
O aumento de locais com o serviço de TARV, de um por cento em 2003 para 94 por cento até Junho de 2021, contribuiu para o crescimento do número de pessoas em tratamento da doença.
Estes dados constam do relatório do Gabinete Parlamentar de Prevenção e Combate ao HIV & SIDA, apresentado ontem à plenária da AR, que refere ainda que o aumento de pessoas em tratamento anti-retroviral é de 217.586, contra os 1.338.100 de 2019.
“Nota-se um crescimento ao longo dos anos. Até finais de Junho último tinha sido reportado um total de 1.555.686 pacientes activos em TARV”, disse Fernando Lavieque, presidente Gabinete Parlamentar de Prevenção e Combate ao HIV & SIDA.
Falou ainda da redução dos índices de mortalidade relacionados com o HIV, novas infecções e de transmissão vertical de mãe para filho ao longo do tempo, como impacto das diferentes intervenções realizadas para o controlo da epidemia.
Assim, segundo Lavieque, na componente de aconselhamento e testagem 7.922.046 testes foram realizados entre Janeiro a Dezembro de 2020 e outros 4.684.724 efectuados de Janeiro a Junho 2021.
Sublinhou que a prevenção da transmissão vertical constitui uma componente importante de prevenção das novas contaminações.
A informação do Gabinete Parlamentar de Prevenção e Combate ao HIV & SIDA foi apreciada positivamente e por unanimidade pelas três bancadas parlamentares, que entendem tratar-se de uma entidade que retrata os esforços em curso para conter a propagação desta doença, que já fez milhares de mortes no país.JNoticias