Pendia um Mandado de Detenção Internacional sobre o ex-banqueiro.
João Rendeiro foi detido, na manhã deste sábado, confirmou a Polícia Judiciária (PJ), que adianta que irá prestar hoje mais esclarecimentos.
O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP), sobre quem pendia um Mandado de Detenção Internacional, terá sido detido na África do Sul, adianta a SIC Notícias.
Confirma-se, assim sendo, aquilo que tinha revelado a mulher, Maria de Jesus Rendeiro, quando foi interrogada no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa, no início de Novembro.
Maria de Jesus Rendeiro respondeu nessa altura em tribunal que o marido estava na África do Sul e assegurou que falava com ele "todos os dias".
A mulher de João Rendeiro está indiciada pelos crimes de desobediência, descaminho, branqueamento de capitais e de falsificação de documento, encontrando-se atualmente em prisão domiciliária com pulseira eletrónica.
A Polícia Judiciária remeteu mais explicações para uma conferência de imprensa às 09h30 de hoje na sede da PJ, em Lisboa.
Na quinta-feira à noite, em entrevista à CNN Portugal, o diretor nacional da PJ garantiu que as autoridades estavam a "trabalhar afincadamente" e com "parceiros internacionais" para localizar o ex-banqueiro.
O antigo presidente do BPP, João Rendeiro, condenado no final de setembro a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por burla qualificada, estava em parte incerta após ter fugido à justiça.
As autoridades portuguesas já tinham emitido dois mandados de detenção, europeu e internacional, para o antigo presidente do BPP, para que o ex-banqueiro cumpra a medida de coação de prisão preventiva.
Num artigo publicado no seu blogue Arma Crítica, João Rendeiro escreveu que não pretende regressar a Portugal por se sentir injustiçado e vai recorrer a instâncias internacionais, avançando ter pedido ao advogado para comunicar a decisão à justiça portuguesa e diz que se tornou "bode expiatório de uma vontade de punir os que, afinal, não foram punidos".
Entretanto, os ex-administradores do BPP Salvador Fezas Vital e Fernando Lima, também condenados a penas de prisão, ficaram proibidos de se ausentarem para o estrangeiro, tendo contribuído para este agravamento das medidas de coação a fuga de João Rendeiro.
O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.
O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo crimes de burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, assim outro um processo relacionado com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancárias.(x) Fonte: Notícias ao Minuto