Pelo menos 445 mil bovinos deverão ser administrados a segunda dose da vacina contra a febre aftosa nos próximos dias, no quadro das medidas profilácticas para evitar o surgimento e alastramento da doença no país.
Trata-se de animais que receberam a primeira dose entre Maio e Julho últimos, o que, segundo as autoridades pecuárias, representa uma cobertura de 80 por cento do número previsto e um aumento em 100 por cento comparativamente ao ano anterior.
A campanha vai cobrir alguns distritos de Maputo, Gaza, Inhambane, Manica, Sofala, Tete e Zambézia, áreas que nos últimos anos registaram casos da doença, obrigando as autoridades a decretar restrições no movimento de gado.
A Direcção Nacional de Desenvolvimento Pecuário (DNDP) refere que no ano passado não houve vacinação contra a febre aftosa devido à falta de imunizantes e atraso no processo da sua aquisição, no Botswana.
Os progressos na imunização do gado bovino contribuíram para o relaxamento, recentemente, das medidas impostas para conter o alastramento da doença, com episódios registados na cidade de Tete e distrito de Magude.
Entretanto, desde Outubro de 2020 que não há registo de casos da febre aftosa nas regiões onde tinham sido decretadas restrições no movimento de animais.
Face à situação prevalecente, o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural decretou o levantamento da proibição de movimentar bovinos, caprinos, suínos e ovinos destinados à criação a partir das províncias de Maputo, Gaza e Tete, desde que sejam provenientes de curais vedados.
Apesar do relaxamento das medidas, a orientação das autoridades pecuárias é que o abate de animais deve ser feito em estabelecimentos com condições de maturação da carne durante 24 horas.
Nas províncias em que não tenham sido reportados casos de febre aftosa é permitido o movimento de animais, desde que sejam provenientes de áreas de exploração vedadas, mediante a inspecção visual, e que não sejam encontrados sinais da doença.(x) Fonte:JNoticias