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sábado, 18 dezembro 2021 11:36

Conselho de Direitos Humanos de ONU receia degradação de situação na Etiópia

O Conselho de Direitos Humanos da ONU, reuniu-se, na sexta-feira em Genebra, a pedido da  União Europeia, para analisar a situação na Etiópia. O conflito entre as forças governamentais e os separatistas da região do Tigray,  tem desembocado em graves abusos em matéria de direitos humanos. Perante uma sessão extraordinária  o órgão das Nações Unidas denunciou as atrocidades cometidas pelas partes envolvidas na guerra civil.

Segundo o Conselho dos Direitos Humanos da ONU todos os protagonistas do conflito etíope continuam a cometer  violações graves e atentados aos direitos humanos.

De acordo com a comissária adjunta das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Nada Al-Nashif, existe na Etiópia o risco de um importante aumento do ódio, da  violência e das discriminações.

Al-Nashif considerou, no decurso da sessão extraordinária do Conselho dos Direitos Humanos, que o violento conflito na região do Tigray pode degenerar numa escalada generalizada com grandes implicações, não só para milhões de pessoas na Etiópia, mas também em toda a região da África oriental.

As Nações Unidas afirmam que a guerra no Tigray já provocou milhares de mortos, mais de dois milhões de deslocados, assim como empurrou centenas de milhares de pessoas para a fome.

A sessão do Conselho dos Direitos Humanos  das  Nações Unidas, foi solicitada pela União Europeia, e apoiada por mais de 50 países, que pediram  ao referido órgão para  assumir as suas responsabilidades.

Lotte Knudsen, embaixador da União Europeia em Genebra, junto do Conselho dos Direitos Humanos  da ONU,  sublinhou que  " a comunidade internacional tem a obrigação moral de tentar prevenir que sejam cometidos  mais abusos, e de assegurar justiça para as vítimas e os  sobreviventes do conflito no Tigray".

 A União Europeia e outras entidades pressionam para que o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas leve a cabo uma investigação internacional sobre as atrocidades cometidas na Etiópia.

E isto desde que o primeiro-ministro Abiy Ahmed enviou tropas para oTigray em Novembro de 2020, depois de acusar os dissidentes da Frente Popular de Libertação do Tigray de atacarem os quartéis do exército etíope.

Nas últimas semanas os separatistas do Tigray perderam terreno na sua luta contra as forças  governamentais, depois de se terem aproximado  a cerca de 200 kms da capital federal, Adis Abeba.   

O governo etíope reagiu à sessão extraordinária do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, de 17 de  Dezembro de 2021,  considerando que o  "o multilateralismo foi  sequestrado por  uma mentalidade  neocolonialista.

De acordo com Zenebe Kebede, embaixador da Etiópia junto do Conselho dos Direitos Humanos da ONU, o órgão está a ser utilizado como um instrumento de pressão política. O que, segundo  Kebede,"é  um esforço contraproducente  que encoraja os rebeldes terroristas e agrava a situação no terreno".(x) Fonte:RFI

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