Os Países Baixos entram, este domingo, em confinamento, para tentar travar a quinta vaga de covid-19 devido à variante Ómicron, durante os festejos de Natal e Ano Novo. O anúncio foi feito, este sábado, pelo primeiro-ministro, Mark Rutte.
A partir deste domingo e até 14 de Janeiro, todas as lojas não essenciais, restaurantes, bares, cinemas, museus e teatros devem encerrar as suas portas nos Países Baixos. As escolas vão estar fechadas pelo menos até 9 de Janeiro. O número de pessoas que os habitantes estão autorizados a receber em casa passa de quatro para duas, salvo no dia de Natal e na passagem de ano.
O anúncio foi feito, este sábado, pelo primeiro-ministro, Mark Rutte, em conferência de imprensa, afirmando que o confinamento é "inevitável" devido à quinta vaga de covid-19 e à propagação “mais rápida do que se pensava” da variante Ómicron.
O chefe da equipa holandesa de gestão da pandemia, Jaap van Dissel, declarou que esta variante vai ultrapassar a Delta para se tornar dominante até ao final do ano.
Na sexta-feira, a Irlanda, a Áustria, a Alemanha e a Dinamarca já adoptaram novas medidas para travar a propagação da variante Ómicron do coronavírus, considerada mais contagiosa que todas as estirpes anteriores. Em França, a capital também cancelou o tradicional fogo de artifício e os concertos da passagem de ano.
Este sábado, a Organização Mundial de Saúde indicou que a variante Ómicron foi detectada em 89 países e que os casos por ela gerada duplicam a cada 1,5 a 3 dias em locais com transmissão comunitária.
A OMS acrescentou que o Ómicron está a espalhar-se rapidamente, mesmo em países com altas taxas de vacinação e que ainda não se sabe se o rápido crescimento de casos é porque a variante contorna a imunidade existente, se é porque é mais transmissível do que as variantes anteriores ou se é porque se trata de uma combinação de ambas as hipóteses.(x) Fonte: RFI