As Nações Unidas estão profundamente preocupadas com a escalada da violência em Myanmar e apelaram a um cessar-fogo por altura dos festejos de Ano Novo.
A nova enviada especial da ONU, a socióloga de Singapura, Noeleen Heyzer, assumiu, em comunicado esta segunda-feira, a sua profunda preocupação com o aumento da violência no Estado de Kayin e noutras províncias da antiga Birmânia.
Nos últimos dias novos confrontos entre grupos étnicos rebeldes e o exército no Estado de Kayin, no leste, provocaram a fuga de milhares de pessoas rumo à Tailândia vizinha.
Por outro lado um responsável das Nações Unidas afirmou-se horrorizado neste domingo com as informações credíveis que apontavam para pelo menos 35 civis mortos, com cadáveres queimados, no leste do país, pedindo ao governo para abrir uma investigação sobre o ocorrido.
Dois funcionários da ONG britânica Save the children continuam desaparecidos após o ataque e incêndio do veículo em que seguiam no leste do Estado de Kayah, na véspera de Natal.
A justiça da junta de Myanmar voltou a adiar, hoje, nova sentença num dos tantos julgamentos em curso contra Aung San Suu Kyi, a antiga primeira-ministra que, numa primeira fase, foi já condenada este mês a dois anos de cadeia.
Desde o golpe de Estado de 1 de Fevereiro a Prémio Nobel da paz está sujeita a um regime de prisão domiciliária.(x) Fonte:RFI