"Os desafios ainda estão aquém de ser extinguidos", disse Arsénia Massingue
Os raptos a empresários, sobretudo de cidadãos de origem ou descendência asiática continuam a ensombrar as cidades moçambicanas, com destaque para Maputo e Matola.
Desde o início do ano, pelo menos oito casos já foram registados, incluindo um médico, cujo paradeiro continua desconhecido, já há quase dois meses.
A ministra do Interior, Arsénia Massingue, reconheceu hoje, durante uma cerimónia de patenteamento de novos oficiais, que, a par do terrorismo, que já atingiu a província do Niassa, os raptos, continuam a ser um bico d'obra.
"Os desafios ainda estão aquém de ser extinguidos. Os focos de insurgência que já atingem alguns distritos da província do Niassa e a problemática de raptos em algumas cidades do nosso país, reforçam os desafios que à corporação são colocados," disse a ministra.
Há cerca de dois meses, o Governo lançou uma força especial que se vai especializar no combate aos raptos, no entanto, os sequestradores continuam a exibir o seu poder. O líder da Renamo, Ossufo Momade, não tem dúvidas que isso se deve ao envolvimento de oficiais da polícia nos casos.
"Os raptos tomaram contornos mais visíveis, com claro envolvimento dos agentes das Forças de Defesa e Segurança na prática deste mal" disse Ossufo Momade, no seu balanço do ano presetes a terminar.
Enquanto isso, quem pode, continua a negociar com os raptores, pagando valores de resgate. Outros, no entanto, ficam meses no cativeiro, à espera de milagre.