Milhares de sudaneses voltam a manifestar-se, nesta quinta-feira, e a pedir um governo civil, sob a mão pesada dos militares que bloqueiam o país, cortando internet, telefone e estradas.
Os manifestantes concentram-se junto do palácio governamental em Cartum, empunhando cartazes onde se lê “não ao poder militar” e “militares nos quartéis”.
Dois meses após um golpe militar e uma repressão que provocou 48 mortes, e sob o ataque de bombas gás lacrimogénio, os sudaneses saem à rua e garantem que a “revolução continua”.
O corte da internet está a tornar-se uma prática habitual desde o golpe de Estado, contudo, esta quinta-feira, os sudaneses veem-se mesmo impedidos de fazerem e receberem chamadas telefónicas locais e internacionais.
Trata-se dum golpe duro para os manifestantes que tentam mobilizar o mundo para a sua causa via redes sociais.
A repressão no Sudão está a levar os militares a instalarem câmaras nos principais eixos da capital do Sudão.
A embaixada americana no Sudão apela à “contenção extrema no uso da força” e pede às autoridades militares sudanesas que não façam “prisões arbitrárias”.(x) Fonte:RFI