O estadista moçambicano, que é também comandante-chefe das Forças de Defesa e Segurança, falava esta quarta-feira (29), numa parada militar no quartel de Mueda, em Cabo Delgado, onde se deslocou para avaliar o trabalho de luta contra o terrorismo.
O ano "2022 deve ser decisivo nesta luta", sublinhou Filipe Nyusi, que exigiu que as forças militares envolvidas no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, capturem ou eliminem fisicamente os líderes dos terroristas.
"Vocês sabem onde estão essas pessoas que incomodam, não percam tempo com amendoim" realçou o Presidente moçambicano, acrescentando que "o inimigo está em debandada, devido à perseguição das nossas forças".
Fragilidades
Entretanto, há correntes que dizem que esse não será um desafio simples para as forças armadas.
Borges Nhamirre, investigador do Centro de Integridade Pública, diz que os terroristas estão a procurar refúgio noutras províncias “à busca da sobrevivência fisica, ou mesmo por questões estratégicas”.
Este investigador recorda que “já se falava de Niassa e Nampula são as bases de recrutamento” de elementos do grupo que faz os ataques, o que pode facilitar a sua expansão.
Rejeitando a ideia de que os terroristas terão dificuldades logísticas em Niassa, sobretudo por a província não ter acesso ao mar, Nhamirre adverte que há fragilidades de segurança, por não haver “uma força fisica para controlar a área” predominantemente rural.
E José Manteigas, porta-voz do partido Renamo, também considera a situação preocupante. “Desejamos que as nossas forças de armadas consigam o mais rápido parar o alastramento dessas incursões”.(x) Fonte:VOA