A polícia sudanesa atacou com gás lacrimogéneo os manifestantes que lutam contra a junta militare contra o golpe de outubro, junto ao palácio presidencial em Cartum.
As forças de segurança tentam, desta forma, fazer dispersar a concentração e os revoltosos que queimam pneus e barricam as ruas com pedras, segundo testemunhas oculares.
Milhares de pessoas manifestam-se, esta terça-feira, por todo o Sudão, gritando palavras de ordem contra o exército e contra o golpe militar de outubro que acabou com o período de transição para democracia que se vivia no país.
O forte dispositivo de segurança, estacionado por toda a capital, esta terça-feira, nomeadamente, a polícia anti-motim, forças paramilitares e o próprio exército, não dissuadiu as manifestações organizadas pela Associação dos profissionais sudaneses, que exige um poder civil, na sequência da demisssão, há dois dias, do primeiro ministro civil.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse, entretanto, esta segunda-feira, “ter tomado nota” da demissão do primeiro ministro sudanês, e o chefe da Liga Árabe apelou a “uma acção urgente” para resolver a crise no Sudão.
Recorde-se que após o golpe militar de 25 de outubro, 57 manifestantes foram mortos, como adianta um sindicato dos médicos pró-democracia.(x) Fonte:RFI