O executivo tem-se mobilizado para obter financiamentos internos e externos, sobretudo, para reabilitar pontes e estradas destruídas. E começaram já a chegar as primeiras ajudas alimentares para as comunidades mais afectadas pelo recente temporal.
Trata-se das comunidades dos distritos de Lembá, no centro norte da ilha de São Tomé, Caué, no sul da ilha de São Tomé, e Mé Zóxi, no centro norte da referida ilha.
Mas foi no distrito de Lembá, com muito potencial ao nível da agricultura e pescas, que a força da chuva foi mais intensa, destruindo muitas infraestruturas.
Zeferina Silva é uma das sinistradas que perdeu quase tudo.
“Neste momento, não temos nada, (a chuva destruiu a cozinha), levou algumas panelas. Quase perdi tudo. Só fiquei com casa e vida”, afirma Zeferina Silva.
A população de algumas comunidades do distrito de Lembá está a consumir água do rio, devido à destruição do centro de tratamento de água potável.
O consumo de água tem sido impróprio, e as consequências são graves, como refere a médica Bonanza Aragão.
“Podemos ter doenças diarreicas como a cólera. Podemos não ter diarreia, mas ter uma dor abdominal causada por consumo dessa água imprópria. Podemos ter também, além de dores abdominais, … a febre tifoide. E por aí adiante”, afirma a médica Bonanza Aragão.
Determinadas instituições de caridade, como é o caso do projecto integrado de desenvolvimento de Lembá, sentem-se impotentes na ajuda aos sinistrados, como sublinha a irmã Lúcia Cândida, do Grupo Franciscano Hospitaleiro da Imaculada Conceição.
“Neste momento … sentimo-nos impotentes, sem capacidade de ajudar, de colaborar porque não somos capazes”, refere a irmã Lúcia Cândida.
Apesar das inúmeras dificuldades causadas pelas recentes enxurradas, a população prossegue a sua vida normal.(x) Fonte:RFI