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terça-feira, 11 janeiro 2022 07:39

Etiópia: ONU confirma dezenas de mortos em ataque aéreo em Tigray

Cerca de 50 pessoas, deslocadas internas devido ao conflito entre o Governo etíope e os rebeldes de Tigray, morreram na sequência de um bombardeamento contra um campo de refugiados, confirmou fonte da ONU.

"Cerca de 50 pessoas, incluindo 12 crianças, morreram no bombardeamento, segundo fontes médicas do hospital Shire [cidade na região centro-norte da província]", disse o porta-voz do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), Saviano Abreu, citado pela agência Efe.

O bombardeamento, ocorrido na sexta-feira (07.01), provocou ainda 138 feridos, acrescentou Saviano Abreu, que destacou a impossibilidade do OCHA em confirmar mais detalhes, incluindo o número de vítimas na ação, que teve como alvo um campo de refugiados em Dedébit.

Os rebeldes da Frente Popular de Libertação de Tigray (TPLF, na sigla em inglês) responsabilizaram o Exército governamental, através de um comunicado divulgado, este domingo (09.01).

"A falta de cuidados médicos e de combustível está a complicar a assistência aos feridos", disse ainda o porta-voz do OCHA.

A falta de segurança tinha já levado o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a denunciar a 7 de janeiro que esta agência da ONU está impedida de entregar material médico em Tigray desde julho passado.

Pelos mesmos motivos, apenas 12% dos camiões que a ONU preparou com ajuda humanitária para Tigray, também desde julho, conseguiram passar e entregar a sua carga no destino, denunciou em 06 de janeiro o porta-voz da organização, Stéphane Dujarric.

Fontes humanitárias confirmaram que o bombardeamento em Dedébit, por um lado, e a falta de combustível, por outro, levaram algumas organizações a suspender as suas atividades naquela região.(x) Fonte:DW

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