Em Moçambique persistem os atos de violência obstétrica, os abusos contra parturientes bem como as cobranças ilícitas. A situação preocupa as organizações da sociedade civil que trabalham em prol dos direitos da mulher e da criança.
Foi em Novembro de 2021 que as organizações da sociedade civil vieram denunciar a existência de uma rede de tráfico de bebés, maus tratos, cobranças ilícitas nas maternidades de muitos hospitais moçambicanos.
Apesar da exposição destes casos, a situação mantém-se inalterada, revelam com preocupação algumas ativistas sociais como Gigliota Zacara.
“O que nós gostaríamos de ver é que os casos de violência obstétrica, de facto, estivessem a reduzir, mas o que tem acontecido é que temos ouvido mais relatos e mais denúncias em relação a este caso. Vamos buscando aquilo que são as nossas experiências como mulheres que, hoje em dia, têm medo de aproximarem das unidades sanitárias”, afirma Gigliota Zacara.
A ativista social que também é atriz ja foi mãe e não se esquece dos maus tratos de que foi alvo no momento de dar à luz.
“Quer dizer uma coisa tão pesada para aquele momento em que supostamente, um momento de felicidade, um momento de trazer um ser ao mundo e tudo o que a gente recebe lá é grito, maus tratos”, adianta Gigliota Zacara.
Para já as organizações da sociedade civil moçambicanas prometem lutar até que se ponha fim aos abusos praticados nas maternidades do país.(x) Fonte:RFI