Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique anunciou hoje que matou, desde outubro, pelo menos 31 terroristas em operações no distrito de Macomia, província de Cabo Delgado.
Os rebeldes foram mortos durante a operação designada "Búfalo", desencadeada entre outubro e janeiro, e em que as forças da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) também destruíram várias bases dos grupos rebeldes no distrito de Macomia, refere um comunicado divulgado à comunicação social.
"As forças da SAMIM [sigla em inglês para Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique] encontraram uma forte resistência por parte dos terroristas, mas mesmo assim, conseguiram infligir baixas fatais e perturbar as suas atividades, bem como continuar a dominar e perseguir os terroristas na área operacional", explica a nota, que admite o registo de três baixas, uma das quais culminou em óbito.
Segundo o documento, durante as operações, as forças da SADC apreenderam cinco lançadores RPG 7, cinco metralhadoras PKM, 48 armas AK47 e granadas, bem como viaturas, motocicletas, telemóveis e dispositivos tecnológicos em números não especificados.
"As forças da SAMIM em apoio ao Governo de Moçambique continuam a criar as condições necessárias para um regresso à vida normal na província de Cabo Delgado, à medida que perseguem os terroristas", acrescenta.
Missão alargada
A SADC aprovou hoje, no Malawi, a prorrogação da missão militar que apoia Moçambique no combate a grupos rebeldes em Cabo Delgado por tempo não especificado, no âmbito de uma cimeira extraordinária que enalteceu os "progressos" alcançados pelas forças da SADC no combate à insurgência no Norte de Moçambique.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas tem sido aterrorizada desde outubro de 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico.(x) Fonte:DW