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quinta-feira, 20 janeiro 2022 09:37

Cabo Delgado: Falta de diálogo na família contribui para o aumento de gravidez precoce e casamentos prematuros

O Delegado Provincial da Associação Coalizão da Juventude Moçambicana de Cabo Delgado, Neves António disse exclusivamente a Zumbo FM Notícias que a falta de diálogo e abertura dos pais para com os filhos na partilha de assuntos considerados tabu, contribui para que surjam casamentos prematuros e gravidezes precoces.

Segundo Neves António é importante que os pais falem abertamente com os seus filhos sobre a sua saúde sexual e reprodutiva, para que possam preparar-se psicologicamente, evitando cometer erros ainda na adolescência ou juventude.

"Quando os filhos não dialogam com os seus pais, eles ficam desviados na sociedade e eles fazem-se de ser autônomas, automaticamente eles desviam-se e acabam entrando numa vida duvidosa e submetem-se em trabalhos que não são aceites pela sociedade, como é o caso da prática sexual ainda adolescente, porque eles querem ter tudo na mesma hora. A sociedade sempre quer jovens bons que possam orgulhar os seus educadores." - disse Neves António, Delegado Provincial da Associação Coalizão da Juventude Moçambicana de Cabo Delgado.

Relativamente a influência dos ritos de iniciação ainda adolescente, para o surgimento de gravidezes indesejadas e casamentos prematuros, Neves António realça "Quando os adolescentes são tirados dos ritos de iniciação, com principal destaque as raparigas, são ditas que já são grandes e podem assumir uma vida de adultos, já estão numa fase adulta, se for uma menina que vai se deixar levar pela emoção e não respeitar o seu corpo, aí poderá se entregar na totalidade e irá produzir gravidez precoce e casamentos prematuros, porque estarao pensando que já estão preparadas" - afirmou Neves António Delegado da Associação Coalizão de Cabo Delgado.

Na ocasião, Neves Antônio falou da necessidade das associações que zelam pela saúde dos adolescentes e jovens, envolverem-se em atividades que possam reter, evitando o cometimento de comportamentos desviantes.

"Nós trabalhamos com adolescentes dos 10 aos 24 anos de idade, podemos dizer que elas estão grandes, enquanto a capacidade de pensamento é muito baixo, o que requer que agente sensibilize dizendo que a menina deve ir a escola, porque o nosso principal objectivo é a retenção dela no processo estudantil, sem descriminação" - concluiu Neves António, Delegado Provincial da Associação Coalizão da Juventude Moçambicana de Cabo Delgado.(x)

 

Por: Osório Nachico

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